Trilhas e Mochila: Bahia - Chapada Diamantina

Bahia - Chapada Diamantina


Relato sobre a Trilha da Cachoeira da Fumaça, Chapada Diamantina, Vale do Capão, Palmeiras, Bahia.

Cachoeira da fumaça - Foto: Antony de Araújo

     Olá pessoal, inaugurando a sessão de relatos de viagens que fará parte do nosso blog e do site que futuramente irei explicar aqui, separei um relato gentilmente enviado pelo amigo Antony de Araújo que também cedeu as foto, espero que vocês gostem, vamos lá:


Resumo de um dia de sonho: Inicio de uma turbulenta vida de sonhos.




     Inicialmente, quando pisamos no mundo, com o passar dos anos, decidimos ter objetivos e expectativas sob sonhos criados com o simples fundamento: nos realizar. Nossos sonhos servem de combustível para vida. Em meio a comparação nem tão relevantes, somos como um automóvel e nossos sonhos seria a nossa gasolina. Pronto para queimar os sonhos em nossas vidas, atribuímos um significado muito enorme e importante para os mesmos. Acredita-se que através deles, podemos decidir que tipo de pessoa queremos ser.
Itinerário - Foto: Antony de Araújo

 Reflexo - Foto: Antony de Araújo

     As pessoas, cada ser vivo, com uma mente, um coração e nenhuma compatibilidade real. Cada qual com o seu objetivo. Uns com objetivos superficiais e outros com objetivos mais internos, mas nesse tal conceito de vida, não importa o objetivo, o foco é realiza-lo. Nesse sentindo, sem ninguém a me entender ou compreender, decidi focar em um objetivo. Ir à Chapada Diamantina e fazer a trilha para a cachoeira da fumaça. Cachoeira essa que com sua imponência pairando em 300 e tantos metros de alturas, onde certamente alguns dirão que ela possui de 328 a 340 metros de altura, porém ignore seu tamanho e atente-se a sua beleza. O foco sempre foi esse, sua beleza incontestável.
Início da Trilha - Foto: Antony de Araújo

Nem a chhuva para os sonhadores - Foto: Antony de Araújo

     Partindo de Lençóis as 4:30 da manhã, onde o foco era acordar antes do sol e assim, metaforicamente ser o ‘’despertador’’ do sol.  Ao chegar no Capão, preparativos apressados e a euforia me contaminaram. E por fim, para ampliar minha falta de experiência, a ansiedade pairou. Em um dia onde a chuva desencadeou intensos desânimos e preocupações, o sentimento de frustração não ousou a ameaçar.
Quase lá - Foto: Antony de Araújo

     Em primeiros passos, era de se notar o quão parecia irreal, uma sensação inesperada. Sigo em frente; com foco; sem clichês sob frases de efeitos; em frente sempre tio! A neblina era um pouco densa e a chuva não deu trégua. Mas quem disse que meu corpo pensava em se entregar em meio ao frio exagerado para aquela ocasião. Seguindo em frente e quase no final da trilha, ouvia-se o barulho de correnteza, era o fim da trilha próximo. Meu enfim objetivo, pouco faltava para sem realizado.
Rio irado, mas perigoso - Foto: Antony de Araújo

     Realmente, a trilha parecia possuir de muitos obstáculos onde, requer da pessoa uma certa preparação física. Mas acredito que sonhadores nem irão se titubear meio a qualquer tipo de dificuldade que essa trilha te causar. Mais à frente, o barulho da correnteza ficava cada vez mais forte e logo mais, encontrava-se o leito do rio onde  levava a queda d´água. Pelo fato de estar em período chuvoso, seu rio possuía uma forte correnteza que ao tentar atravessa-lo, era necessário firmar seus pés nas pedras e ficar totalmente atento a não escorregar. Um passo em falso e seria fatal para a correnteza levar-nos.
Enfim no topo - Foto: Antony de Araújo

Nada se vê - Foto: Antony de Araújo

     Após passar pelo rio sem dificuldade, restava apenas dar seus últimos passos para a vista mais extraordinária que vi até então em minha vida. Mas a neblina era densa demais e não se podia ver o paredão de montanhas ao redor e nem ao menos a cachoeira. Só então com quase uma hora a esperar, a neblina começou a se dissipar. Pouco a pouco, faltava pouco, e enfim inacreditavelmente, a visão que tanto sonhei apareceu. Enorme gratidão pairava em minha vida, pois um sonho se realizava. Era difícil de se imaginar, que estaria eu, presente ali. Contemplei o tempo que foi necessário para satisfazer meu foco. E enfim, era hora de retornar com uma descida mais facilitada e com privilegiadas vistas, como a vista para o Morrão. Por fim, em meio a tudo que se ocorreu, aquietei em meio a gratidão, e sigo em frente para novos ares; novos focos; novos objetivos. 
Neblina que não dá trégua - Foto: Antony de Araújo


 Foto: Antony de Araújo

     "Para ver o mundo e as coisas perigosas que estão por vir, para ver além das paredes e chegar mais perto, para encontrar o outro e sentir. Esse é o propósito da vida." – A Vida Secreta de Walter Mitty
Siga em frente amigo, pois qualquer dia nos esbarramos por aí!
 
Enorme e encantadora - Foto: Antony de Araújo

Para quem deseja fazer a trilha

     É possível fazer ela sem guia, seria o ideal. Mas fica a critério seu. A trilha só pode ser inicia das 8:00 da manhã até 12:00, após isso não é permitida a entrada de pessoas devido ao tempo da trilha. São quase 12 km com 6 km de ida e 6 km de volta, sendo que os 2 km primeiros são apenas de subida e com partes ingrime e desnivelada. Pessoas de todas a idades podem faze-la, porém é recomendável ter um bom rendimento físico. Pois seu percurso te levará ao cansaço. Recomendável também o uso de protetor solar pois o sol irá castigar um pouco. A melhor época para subir a trilha é entre os meses de novembro a inicio de março, onde há chuvas. Existe época do ano onde a cachoeira estará totalmente seca.
Empolgado com os paredões - Foto: Antony de Araújo

     Para quem sai de Lençóis: Tem um ônibus da Rápido Federal, que sai de Lençóis com destino a Palmeiras as 4:30 da manhã, que foi o que peguei, a passagem custou R$10,45 reais. Chegando em Palmeiras, precisa pegar um carro para o Vale do Capão, sua passagem ficou R$15,00 reais. Recomendável pedir para o motorista deixa-lo na entrada para a trilha da cachoeira da fumaça. Infelizmente, para quem quer realmente aproveitar a trilha, paga-se um preço para ser paciente, pois transporte para lençóis é complicado. A volta só será possível, de ônibus no horário de 22:45. Sendo uma alternativa cansativa, a não ser que você decida contratar um carro para fazer sua volta para Lençóis.
Descida - Foto: Antony de Araújo

Força pra enfrentar - Foto: Antony de Araújo

     Recomendável para quem deseja ir sem guia, passar a noite no Vale do Capão, pois a trilha irá trazer um pouco de cansaço. Ou se for um aventureiro com energia e paciência, poderá sair de lençóis mesmo, mesmo tendo em vista da dificuldade de transporte para retornar para lençóis.
Agora sim dá para ver a vista - Foto: Antony de Araújo

Vista para o Morrão - Foto: Antony de Araújo


     Espero que tenham gostado do relato do nosso amigo, inspire-se e viva seus sonhos. Espero vocês na próxima!
 Foto: Antony de Araújo

Mapa - Foto: Antony de Araújo
     Se você tem um relato legal e quer compartilhar, envie para a gente contendo seu nome e o local do relato para nosso e-mail, isso pode contribuir muito para outras pessoas que tem dúvidas sobre viajar! 
Envie para: photosbessa@gmail.com 

Apoio Cultural:

Venha passear e fotografar conosco. Clique aqui e entre em contato!

Visite: 

Visite nossa página no facebook


Nenhum comentário:

Postar um comentário