Trilhas e Mochila: Atalho do Proença
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quinta-feira, 9 de março de 2017

Caminho do Ouro

Tristeza em ver nosso patrimônio da maneira que está:

Grupo animado! - Foto: Roberto Bessa
Ponte da Grota funda
Foto: Roberto Bessa
     Essa semana voltamos a fazer o Caminho do Ouro ou como também é conhecido, o Atalho do Proença, ficamos muito tristes ao ver casas invadindo a mata, carros passando pela trilha, som de machado cortando árvores durante toda a caminhada, isso realmente nos deixou bem tristes. Porém nem tudo está perdido se agirmos rápido! Precisamos conscientizar todos os trilheiros, aventureiros e mochileiros que visitam ou querem visitar o local para reclamar no PARNASO, IBAMA, IPHAN e outros órgãos até que uma providência seja tomada antes que não exista mais aquele caminho como não existe mais o caminho do trem que relatei anteriormente (vide aqui).
Vista do caminho do trem
foto: Roberto Bessa
     Mas nem tudo é reclamação, então vamos relatar nosso passeio. Como já é de costume, saímos do Alto da Serra descemos a rua até atravessar a ponte de pedra (que é de arame), e fomos até a entrada da trilha, antes de começar a trilha do caminho do ouro, fomos até a cachoeira (que está secando infelizmente por conta da captação de água irregular). Demos uma parada de uns 5 minutos, depois seguimos a trilha.
     Como já descrevi a trilha anteriormente, vou descrever a descoberta que fizemos, que foi uma belíssima cachoeira formada por uma barragem, o lugar é ótimo para uma parada para lanche ao som das águas ao fundo, só tomem cuidado com as formigas, assim que começamos a lanchar elas apareceram em peso! Outra coisa que é bom ressaltar é que muitos religiosos usam a cachoeira para trabalhos espirituais, então você pode se deparar com algumas macumbas por lá, se você não se importar (como não nos importamos) vale muito a pena a visita, desde que seja respeitada a religião alheia!
Cachoeira secando
foto: Roberto Bessa
     Se você preferir, mais a frente surge outra entrada à direita que leva você à um poço com umas quedas d'águas que também vale muito a pena visitar, para quem quiser saber como chegar, clique aqui. Algumas partes do caminho sofreram com a ação do homem, então essa entrada que antes tinha um totem marcando o local, já não tem mais, então atenção.
     A parte mais triste da caminhada começa depois da entrada desse poço, já nas vezes passadas reparamos numa casinha no meio da mata que estava sempre fechada, porém agora nos deparamos com um carro parado às margens da trilha e onde tinha mata, desmataram tudo inclusive acredito que retiraram até um dos pilares do aqueduto que ficava onde vimos o carro. Lastimável, pois vimos marcas de pneus de carros bem acima desse ponto o que significa que provavelmente se não fizermos nada a trilha deixará de existir daqui a uns anos.
     Mas o passeio valeu a pena mesmo com tantos problemas na trilha, o importante é não perder a fé que essa situação vai mudar, não podemos ficar quietos, vamos lutar pelo nosso caminho do ouro, quero essa história viva para meus netos e bisnetos, espero que você também queira! Até a próxima!


Árvore no início da trilha - Foto: Roberto Bessa

Entalhe feito em uma árvore caída na trilha,
parabéns ao artista. - Foto: Roberto Bessa
Cachoeira criada pela barragem - Foto: Roberto Bessa

Foto: Inês Loos

Outro entalhe mais para o final da trilha. - Foto: Roberto Bessa

Trecho final - Foto: Roberto Bessa

Vídeos:

2017:



2016:







segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Travessia Araras x Secretário

Provamos que até com tempo fechado vale a pena:

Vale de Secretário - Foto: Roberto Bessa
Foto: Inês Loos
        Olá pessoal, essa semana nosso blog trás pra você a travessia Araras x Secretário, os relatos de como chegar pra fazer a travessia já descrevi anteriormente (clique aqui pra ver), então apenas vou relatar como foi repetir essa experiência. A princípio saímos de casa com muita chuva, mas chegando ao terminal Corrêas a chuva já estava bem branda, seguimos para Araras e iniciamos a caminhada com o tempo bem fechado e muito abafado, mas sem chuva.
        Começamos a subir a trilha e o caminho estava muito úmido e nas lajes de pedra tivemos que passar com muita cautela, mas tranquilo. Aproveitamos para nos abastecer de água, já que a subida pela rua e o tempo abafado fizeram a gente consumir um pouco de água. Alguns poucos respingos de chuvisco nos pegaram na subida, já bem próximo às torres do ponto mais alto, mas foram bem poucos mesmo.
Ponto de abastecimento de água
Foto: Inês Loos
        A descida do outro lado da montanha já foi num clima mais seco e ainda abafado, paramos no mesmo local para lanchar, mas dessa vez sem ver a Maria Comprida que estava coberta por nuvens, mas a visão do vale estava incrível. Continuamos a descida até chegar ao tal portãozinho que mencionei da vez passada, pegamos a trilha a direita do portão (trilha bem fechada em alguns trechos) e saímos numa “porteira” que dá acesso a uma espécie de “rua”, subimos e já pegamos a estradinha que desce para secretário.
        Em um determinado ponto à sua esquerda, tem uma “porteirinha” que dá acesso á um poço bem bonito de ser visitado. Mas seguindo em frente, após passar uma ponte de madeira e cruzar o condomínio Pedra Roxa (nome da montanha à esquerda), você chegará à entrada da Cachoeira da Rocinha que descrevo em outra postagem aqui no blog (vide aqui), é uma trilha à sua esquerda em frente a lixeira. Não se esqueça de visitar a cachoeira, vale muito a pena!
Lajes de Pedra bem escorregadias
Foto: Roberto Bessa
        Da Rocinha até o ponto do ônibus andando em um ritmo tranquilo, leva aproximadamente uma hora, e nesse percurso, você passará pelo condomínio Vilarejo das Cachoeiras, algumas casinhas simples e uma ponte. Após essa ponte, a estrada segue reto até o Trailler da Ziléia, o ponto do ônibus fica à esquerda do bar.
        É uma caminhada longa, porém não é cansativa se você dosar sua passada é legal ir num ritmo tranquilo, pois fica mais atrativo ver a natureza em volta e escutar o canto dos pássaros (que são muitos) ao longo do caminho. Não podemos esquecer de citar as visitas ao poço e à Cachoeira da Rocinha, que valem muito a pena! Espero que tenham gostado e espero você na próxima!!!



Tempo úmido e muito abafado embaçou a lente - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Detalhe na teia de aranha - Foto: Roberto Bessa

Final da trilha - Foto: Roberto Bessa

"Porteirinha" no fim da trilha - Foto: Roberto Bessa

Poço à beira da estrada - Foto: Roberto Bessa

Estradinha após ponte rústica - Foto: Inês Loos


Vegetação local (Condomínio Pedra Roxa) - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Ponte rústica - Foto: Iracema Loos

Na chuva também vale caminhar!
Foto: Iracema Loos


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Cachoeira da Rocinha

Uma Cachoeira bem interessante no Atalho do Proença

Cachoeira da Rocinha (Secretário - Petrópolis RJ) - Foto: Roberto Bessa

Foto: Iracema Loos
        Uma boa opção pra você se divertir com a família é a Cachoeira da Rocinha em Secretário (Petrópolis), nosso blog trás até você essa semana esse passeio. Pra quem vai de carro dá pra estacionar na estradinha bem próximo a entrada da cachoeira, mas para quem vai de ônibus, a caminhada até lá leva em torno de uma hora por uma agradável estradinha de terra em área rural.
        Para chegar lá, basta parar no ponto de ônibus depois do Bar do Cinema, entre na estradinha de terra à esquerda onde tem um bar na esquina (trailler da Tia Ziléia, se não me engano, próximo a marmoraria). Siga sempre em frente na principal, a estradinha vai subindo suave a princípio, depois a subida vai ficando mais forte. Bem a frente, depois de subir a estrada fazendo uma espécie de zigue zague, à sua direita tem o Condomínio “Vilarejo das Cachoeiras”, já está bem próximo. Após o condomínio, tem uma entradinha a direita bem em frente a uma lixeira, esse é o acesso até a Cachoeira da Rocinha.
        A Cachoeira tem vários poços e aos mais corajosos um escorregador natural no centro da queda (mas tome muito cuidado ok). Também existe uma “Ilha” no centro do curso da água que facilmente pode ser acessado, mas é muito importante ficar atento no verão por conta das Trombas d’águas ok. Aos Domingos, principalmente nos mais ensolarados, o local fica cheio, mas vale a pena uma visitinha ok! Espero que gostem, espero vocês na próxima!!!

Local onde entra para estrada da Rocinha, desça ai do ônibus
e siga a rua. - Foto: Roberto Bessa
Condomínio Vilarejo das Cachoeiras, marca que você está
próximo à Cachoeira - Foto: Roberto Bessa
Chegando na entrada - Foto: Roberto Bessa

Placa que marca a descida para a Cachoeira - Foto: Roberto Bessa

Cachoeira da Rocinha - Foto: Roberto Bessa

Cachoeira da Rocinha - Foto: Inês Loos

Cachoeira da Rocinha - Foto: Inês Loos

Cachoeira da Rocinha - Foto: Roberto Bessa

Cachoeira da Rocinha - Foto: Roberto Bessa

 Dica:

      O ideal para quem vai nos fins de semana é chegar bem cedo e pegar um local bom para ficar, vale ressaltar que no verão (época que a cachoeira é mais frequentada) deve-se atentar para as trombas d'água, então fique bem atento, evite ficar na ilha no meio do curso da água, escute, observe bem para que você não seja pego de surpresa ok! Aproveite bem o local, vale muito a pena!!!

Vídeo:





sexta-feira, 20 de maio de 2016

Araras x Secretário

Travessia que mistura estrada asfaltada, de terra e trilha na mata:

     Nessa segunda, fui fazer essa travessia que eu recomendo muito, Araras a Secretário. São aproximadamente 5 horas e meia de caminhada que passa primeiramente por uma estrada asfaltada, logo depois entra na trilha pela mata, sobe montanha e por fim entra-se em estrada de terra, ou seja, é uma caminhada completa! 
Foto: Roberto Bessa
     Para iniciar a caminhada, você tem que pegar o ônibus até Araras no Terminal Corrêas e descer na igreja no centrinho de Araras. Suba a rua à direita (Estrada das Perobas), seguindo sempre a principal, no final dela o asfalto dá lugar a estradinha de paralelepípedo, no fim dessa rua está o início da trilha que sobe a montanha praticamente segundo as torres de energia. A trilha é bem marcada, e nesse dia parece que estiveram roçando por ali, pelo menos um certo trecho.
     Após subir um pouquinho, tem uma pedra quadrada que se por acaso você não tiver levado água, pode abastecer o cantil ali, mas após abastecer, deixe como estava ok! A trilha tem alguns pontos de lajes de pedra, pequenas, mas se chover no dia anterior, podem estar bem escorregadias. Depois de cruzar as 2 primeiras torres, o caminho começou a ficar mais fechado porque não roçaram dali pra frente. Desde a rua, se você olhar para cima, vê duas torres entre montanhas, a trilha passa por ali, e onde estão essas torres, é o ponto mais alto da caminhada e um excelente ponto de parada se estiver limpo, caso contrário você pode roçar com um facão ou descer mais um pouco até onde parei para lanchar (vide vídeo).
Entrada da Trilha - Foto: Roberto Bessa
     Depois de passar esse ponto alto, sua visão já muda e após descer um pouco, à sua esquerda vai aparecer bem imponente a Maria Comprida, onde fiz a parada do lanche, deu para apreciar muito bem ela. Continue sempre descendo, e deste ponto, a trilha já voltou a ficar bem roçada novamente, não tem errada, basta seguir a principal. Conforme você vai descendo, aparece uma casa a esquerda, e após passar as duas últimas torres que a trilha atravessa, você vai vendo cada vez mais perto a casa. A trilha faz um curva forte para direita, nesta curva você vê de frente essa casa (já quase na mesma altura), uma pedra à esquerda, muita atenção agora, pois ao seguir a trilha, aparece um portão e uma pequena trilha à direita, o caminho certo é por essa trilha, mas se seguir pelo portão, você sai dentro do terreno da tal casa, o caseiro é gente boa e deixa passar, mas tem um baita cachorro e não muito amigável que pode não gostar se ele estiver solto e não ter ninguém em casa.
Seguir a estrada das Perobas
 Foto: Roberto Bessa
     Desse ponto em diante, você vai seguir por uma super agradável estrada de terra, bem mais a frente, mais ou menos 40 minutos de caminhada ou um pouco mais, você vai chegar à cachoeira da Rocinha, lugar bonito e você pode aproveitar pra se refrescar. Da cachoeira até o ponto do ônibus levei aproximadamente uma hora, se você andar bem, pode levar um pouco menos ok. No mais, desejo a você uma ótima caminhada, você vai gostar, e lembre-se de levar roupa de banho e desfrutar da cachoeira! Boa caminhada!


Placa indicativa, seguir a Rua A - Foto: Roberto Bessa

Siga as torres de energia - Foto: Roberto Bessa

Começo da trilha ao lado do último portão da rua
 Foto: Roberto Bessa

Ponto de abastecimento
Foto: Roberto Bessa

Torres que marcam o caminho de subida
 Foto: Roberto Bessa

Parte mais alta da caminhada - Foto: Roberto Bessa

Maria Comprida - Foto: Roberto Bessa

Trilha pela mata - Foto: Roberto Bessa

Casa com a Maria Comprida ao fundo - Foto: Roberto Bessa

Ponte rústica - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Ruazinha de descida - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Condomínio sítio Pedra Roxa - Foto: Roberto Bessa

Adorei essa placa, vale para os apressadinhos que não vêem nada
 Foto: Roberto Bessa

Cachoeira da Rocinha -  Foto: Roberto Bessa

Estrada da Rocinha - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Ruínas - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Chegada - Foto: Roberto Bessa

Fim da Caminhada - Foto: Roberto Bessa


Visual de descida para o vale de Secretário
 Foto: Roberto Bessa


Dicas de equipamentos e mochila:

Mochila Crampon 38 - Foto: Roberto Bessa
     Semana passada coloquei uma foto de tudo que levei para aquela caminhada, nesta levei a mesma coisa, porém recebi alguns e-mails me perguntando porque eu levo um pano de chão. Bom, a resposta é simples, eu sempre uso ele no pescoço, por que me protege da alça da máquina e quando passa algum carro em estrada de terra e levanta poeira, aproveito ele pra usar de máscara ok!
     Vou listar novamente o que eu levei, fui com uma mochila pequena, pois não sabia se estava ou não muito fechada a mata, fui com minha Crampon 38 da Trilhas e Rumos, mas a minha indicação seria a Crampon 30 (ou similar), pois ela é mais estreita e vai facilitar muito na hora de entrar na mata mais fechada ok. Mas por que você usa a 38? Uso por causa do equipamento de fotografia, mas qualquer dia, vou com uma câmera menor e mostro para vocês ok! Lista de equipamentos:
Arranha gato - Foto: Roberto Bessa

* Guarda-chuva
* Toalha
* Lancheira
* 2 garrafas d'água
* Porta óculos
* Lanterna
* Isqueiro
* Apito
* Kit higiene pessoal
* Guia de trilha
* Câmera, bolsa e kit 50 mm
* Câmera compacta
* Documentos

Vídeo: