Trilhas e Mochila: viagem internacional
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Sou mochileiro ou turista? Quais as diferenças?

Uma dúvida que paira no ar, quais as diferenças entre mochileiros e turistas? Existe diferença?

Morro Açu - Foto: Inês Loos

Um assunto popular e bem comentado, quais as diferenças de ser um turista e ser um mochileiro?

Primeiramente precisamos saber o que essas categorias tem em comum: São viajantes que gostam de conhecer outros lugares (mesmo que de maneiras e modos diferentes).
Sardoal RJ - Foto: Roberto Bessa

Posso me considerar os dois, pois já viajei de todas as maneiras. O mais polêmico ao meu ver é a confusão feita pelo desconhecimento do que realmente é fazer um mochilão, então vou explicar:

O que é fazer um Mochilão?


Fazer um mochilão não é simplesmente por uma mochila nas costas e comprar um pacote CVC e viajar, NÃO! (Nada contra os pacotes da CVC ok)

Santos Dumont MG - Foto: João Carlos
Fazer um mochilão é muito, muito mais do que isso. É você conhecer novas culturas, costumes, vivenciar experiências, é entrar na vida de um morador de determinado lugar, é querer vivenciar a cultura local e não só visitar os pontos turísticos mais conhecidos. 

É conhecer o dia a dia da população de determinada localidade, é se interessar pela história que os livros (e os guias) não contam. Enfim, resumindo, é fazer parte do lugar como um morador temporário.


E fazer turismo, o que é?



Mas o turista não é isso? Na sua maioria não. O turista geralmente vai atrás do que leu em revistas, sites ou até mesmo porque o amigo foi e ele quer ir também para tirar uma Self melhor (rsrsrs).

A maioria dos turistas buscam os pontos de interesse em comum (museus, igrejas, casas de shows, praças) o que não deixa de ser legal.

Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica - Brasilia - DF
Foto: Vanessa Moraes
Porém nem sempre reflete a realidade dos moradores daquela cidade. Tire por você, vá em algum ponto onde os turistas visitam em sua cidade, pare para escutar os guias e os recepcionistas, eles contam a realidade que você vive?

Não, e o turista sai da cidade achando que ali não tem problema e que é o paraíso perdido na terra.


Mas então entendeu as diferenças?



Por ai já deu para perceber alguma diferença não é? Mas ainda tem mais!

Um mochileiro não vai se importar em se hospedar na casa de algum morador local, dividir quarto em hostel, ou até mesmo carregar aquela barraca e acampar no jardim de alguém que ceder o espaço. Não se importa muito com o conforto.

Já o turista procura em sites (booking.com, tripadvisor, trivago e etc) as avaliações de quem já ficou na pousada ou no hotel que pretende ficar.

Hostel? Turista até fica em hostel, mas não é a preferência (até mesmo por desconhecer de fato como é um).

Opinião pessoal:


Estrada Real (Sebollas RJ)
 Foto: Iracema Loos
Nos grupos de whatsapp fico besta com assuntos abordados e até a maneira em que falam das formas de viajar (pra mim mochileiros mesmo estão em falta nos grupos).

Mas como um mochileiro viaja? À pé, de carona, busão, de jegue, cavalo, avião, qualquer coisa, por que o que o mochileiro mais quer é viajar e não importa como.

O turista sempre vai dar preferência ao mais rápido (avião no geral), pois ele tem poucos dias de viagem e querem "aproveitar" o máximo que puder.

Mas onde está o aproveitar? Você já fez amizade dentro de um avião a ponto da pessoa te convidar para ficar na casa dela? Até pode existir isso, mas nunca vai ser igual a pegar uma carona e aprender um pouco mais sobre o generoso motorista que está lhe ajudando.

Numa viagem à Argentina, encontrei várias pessoas dentro do ônibus que se tornaram verdadeiros amigos (afinal são 4 dias de viagem do Rio até Buenos Aires) e essas amizades renderam até hoje.

Conclusão:


Cabo Frio RJ - Foto: Roberto Bessa
Pra resumir, o mochileiro é o cara (ou a moça) que se interessa pelo dia a dia da população de um determinado local e não se importa em trabalhar durante uma viagem para adquirir conhecimento e vivência além do que é oferecido nos passeios culturais de agências de viagens.

Não estou desmerecendo nenhuma forma de viajar. Simplesmente ressalto as várias formas de viajar, veja qual você se identifica mais e seja feliz, eu sou mochileiro nato

E você, se enquadra em qual categoria? Deixe nos comentários! Vou listar abaixo alguns links que podem ajudar vocês em suas viagens:

Apoio cultural:





GeraLinks - Agregador de links

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Review do Estojo de cintura Enduro 99 Trilhas & Rumos

Um facilitador para que você tenha itens importantes à mão sempre:

Estojo Enduro 99 Trilhas & Rumos - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa
     Quando você faz uma trilha longa, caminhada ou até uma viagem provavelmente você já sentiu falta de ter alguns itens à mão como lanternas, canivetes, documentos ou até um lanchinho rápido né? As vezes todos esses itens estão na sua mochila e você acaba protelando pegar algo só porque não quer tirar a mochila não é? Pois é, acontecia bastante comigo e por isso resolvi adquirir um estojo de cintura, ou pochete. O modelo que havia escolhido era o Flash Pró da Trilhas & Rumos, porém não tinha no estoque e eu precisava usar acabei optando pelo estojo Enduro 99 e fiquei bem satisfeito!

Foto: Roberto Bessa
    Externamente o estojo conta com 7 bolsos, isso mesmo 7 bolsos. Um bolso frontal do tipo chapado, dois bolsos laterais bem pequenos para itens como remédios, pilhas e etc, o bolso principal que é bem amplo (e ainda tem um bolso interno), um bolso na tampa ideal para cadernos de anotação, bússola e mapas, e mais dois bolsos superiores de tamanho razoável, ideal para dinheiro e documentos.


Foto: Roberto Bessa
     O costado do estojo é acolchoado e com tecido respirável, a alça é de fita de aproximadamente 5 Cm de largura e ajustável. O sistema de ajuste é bem interessante pois é bem seguro e não corre o risco de afrouxar com o peso. Ainda conta com umas fitas de compressão para quando o estojo estiver mais vazio você poder ajustar para que nada fique solto dentro do bolso principal, ele é em forma de "V" e ajusta legal a carga dentro do estojo.


Foto: Roberto Bessa
     No geral, é um estojo que gostei bastante, recomendo para trilhas mais longas, caminhadas puxadas e até para quem gosta de passear de moto e precisa de ter documentos, dinheiro e outras coisas à mão. Sempre falo aqui quando faço review de equipamentos que não estou fazendo propaganda da firma "A" ou "B", simplesmente falo do que eu conheço, de marca que já estou acostumado à comprar, como todos os produtos aqui são comprados eu gasto com que eu sei que vou usar e vai me atender muito bem, e por isso não falo de marcas que não conheço e não estou acostumado à comprar, porém deixo aqui aberto para que outras marcas possam enviar produtos para que eu possa fazer review e estar apresentando ao nosso público! Grato pela audiência de vocês, até a próxima! Boas aventuras!!!



Interior do estojo - Foto: Roberto Bessa

Ficha técnica (*):

Capacidade: 2 litros
Comprimento: 26 cm
Largura: 13 cm
Altura: 12
Peso: 0500 kg
* Informações do site da Trilhas & Rumos.

Vídeo:


Colaboradores:



GeraLinks - Agregador de links


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Viajar barato: Reduzir os custos da vaigem

Viajar barato: Reduzir os custos da viagem e aproveitar o máximo.


São João Del Rey - MG - Foto: Roberto Bessa

Todo mundo gosta de viajar não é? Mas nem sempre podemos dispor de uma quantia significativa para fazer aquela viagem né? 

Uma opção, que apareceu assim que surgiu o estilo "mochileiro", arrumar trabalho durante a viagem para ajudar nos custos

Isso é possível? Sim, é possível! E essa matéria é para te mostrar como!


Granja Comary - Teresópolis
RJ - Foto: Roberto Bessa

São diversos os tipos de trampos que você pode arrumar. Pode ser ajudando em albergues, restaurantes, até dando aulas de idiomas, enfim, as oportunidades são muitas.

Só vai depender de suas habilidades de trabalho e ser cara de pau. Mas também existem ferramenta na internet que podem te ajudar nisso. 

Vamos conhecer elas:


Viajar barato com Workaway:


Uma delas é a Workaway. Um site onde você pode se cadastrar em vagas durante sua viagem. 

Algumas vagas é necessário pagar uma taxa de US$ 38,00 (uma pessoa) US$ 48,00 (casal ou 2 amigos). Isso dá o direito de você se cadastrar em diversas vagas durante 1 ano.

Viajar barato com Worldpacker:


Tiradentes - MG - Foto: Roberto Bessa

Outra plataforma que auxilia a encontrar trabalho é o worldpackers.

Também é um site que você se cadastra (paga uma taxa anual de US$ 49,00 e se candidata a quantas vagas quiser) e a maioria dos trabalhos são em albergues, mas valem a pena para trocar por hospedagens.

Use seu talento:


Uma forma legal também de conseguir trabalho viajando, é dando aulas de idioma em comunidades locais


Por mais que parece improvável, muitas comunidades aceitam esse tipo de trabalho. Eles podem ser trocado por comida, hospedagem ou até dinheiro mesmo

São João Del Rey - MG
Foto: Roberto Bessa

Um site chamado Aiesec auxilia nisso, é um site de intercâmbio e proporciona oportunidades em diversas áreas e com duração de 3 semanas a 1 ano, conforme a área selecionada.

Se você tem alguma habilidade com as mãos, fazer artesanato e vender nas praças de algumas cidades é a maneira mais antiga e comum de conseguir verba para uma viagem.

Seja criativo, existem muito vídeos no YouTube ensinando a fazer pulseiras, colares e etc então ponha a criatividade em cena e venda sua arte.

Voluntariado:


Cabo Frio - RJ  -  Foto: Roberto Bessa

Ser voluntário dentro da área que você já atua é uma das opções mais procuradas entre quem faz mochilão pela América do Sul. 

Existe um site também que é conhecido por quem coloca a mochila nas costas. 

Volunteer South America é um site de trabalho voluntário que oferece muitas oportunidades em áreas diversas, basta entrar e se cadastrar.

Trabalho remoto


Trabalhar remotamente ou seja, fora de casa já é uma realidade. Existem plataformas como o Monetizze onde você pode se cadastrar e vender os produtos pela internet.

Basta você ter um computador e acesso na internet. Alguns produtos chegam a oferecer até 50% de comissão. Isso pode garantir sua permanência na estrada por muito tempo ou para sempre (rsrsrs).

Agora é por em prática e viajar!


Santos Dumont - MG - Foto: Roberto Bessa

Bom, opções não faltam. Agora basta você usar a sua habilidade profissional ou artística, a sua cara de pau e os sites para diminuir suas despesas ou fazer com que ela chegue a zero. 

Se você não quiser depender do mundo virtual, a boa e velha cara de pau resolve muito bem em alguns lugares, eu te garanto! 

Mas lembre-se de ser educado, cordial e simpático.

Encare o trabalho durante sua viagem como uma oportunidade de conhecer novas pessoas e fazer amizades, conhecer culturas e costumes diferentes.

Basílica de Aparecida do Norte - SP - Foto: Roberto Bessa

Mais do que um simples trabalho, encare como uma excelente oportunidade de adquirir conhecimento e ainda ganhar pra isso (ou deixar de gastar) ok! 

Então se você tem alguma experiência assim? 

Comente ai embaixo! Compartilhe essa postagem com os amigos! 

Boa viagem e até a próxima postagem!


Conheça também:


Aprenda clicando aqui!


Apoio cultural:










segunda-feira, 17 de abril de 2017

Origem dos mochileiros

Origem e história da maneira mais barata de viajar:

Mochileiro da América
Selfie: Roberto Bessa
Olá pessoal, essa semana vou trazer pra vocês a história da maneira mais mágica e antiga do mundo quando se fala em viagem, o mochilão!

Primórdios dos mochileiros


Asiáticos usando uns cestos semelhantes aos cestos indígenas. 
Foto: Internet Créditos na própria imagem
O mochilão em si começou muito antes de existirem as mochilas. Sim, começou com os índios americanos (Incas, Astecas e Tupis entre outros) que não possuíam cavalos ou carroças.

Eles simplesmente carregavam pequenos objetos amarrados aos corpos e os maiores em cestos amarrados nas costas (o que faz lembrar uma mochila).

A mochila


A mochila (como a gente conhece) surgiu após a escravidão pois assim cada um tinha que carregar a própria tralha ou invés de mandar os outros carregarem.

As primeiras pessoas a necessitarem da mochila, foram os soldados. Principalmente os americanos.

Soldados da Segunda Guerra e suas mochilas
Foto: Blog Rota Perdida (Internet)
Aqui nas Américas, os caminhos eram grandes, sem bases de apoio para seus suprimentos. Então sobrava para os soldados carregarem seus itens essenciais e para sua sobrevivência durante as jornadas.


Bom, depois do término das grandes guerras mundiais, os próprios soldados e ex-soldados perceberam que a mochila poderia ser usada em outras atividades que não eram ligadas ao exercito, tais como:

  • Viagens
  • Montanhismo
  • E no próprio dia a dia para carregar objetos pessoais. 


Outras pessoas vendo o uso prático do equipamento, adotaram a mochila em suas vidas. E algumas mochilas do pós guerra acabaram com uso civis, popularizando cada vez mais a prática arte de viajar carregando o essencial.


Mochila semi-cargueira - Foto: Roberto Bessa

Anos 60


Nos anos 60, com a popularização do movimento Hippie, muitos jovens começaram a por a já conhecida mochila nas costas e se aventurar por esse mundão velho de meu Deus.

Assim foram difundindo ainda mais o estilo de vida dos mochileiros.


Anos 70


Já na década seguinte, esses mesmos jovens não eram mais vistos da mesma maneira, pois eles tinham adquirido uma cultura jamais ensinada em escolas

Eles agora eram poliglotas, eram experientes em relação aos "medrosos" que não encararam o mundo. 

Dois livros despertaram o interesse nos jovens da época e podem ser considerados os "manuais" dos mochileiros da época: Travel Guide Book & Across Asia. 

Não vou me prender a descrever nenhum deles pois se houver interesse de vocês, basta fazer uma pesquisa na net.

Mochileiros no Brasil:


Mochileiros no Morro Açu durante a travessia
 Petrópolis x Teresópolis - Foto: Roberto Bessa
Infelizmente no Brasil quando você fala que é um mochileiro logo é associado à um pobretão, que não tem dinheiro para ir em lugares que gostaria e vai com a cara e a coragem e não vai ter onde dormir e nem o que comer a não ser que dependa de favores.

Mas a verdade não é essa! Eu mesmo já sofri várias vezes esse pré conceito pois sou meio raiz quanto a esse tipo de viagem.

O movimento mochileiro surgiu para que você encontre respostas para a vida. Fazer novas amizades e lógico conhecer novas culturas.

E isso nenhum pacote da CVC vai proporcionar aos viajantes.


Hospedagem


Albergue em Taiwan - Fonte: Wikipédia
Outro pré conceito que os mochileiros enfrentam é quando dormem em Albergues. Muitos associam albergues à abrigos de mendigos ou desabrigados. O que na verdade não é.

Albergue (hostel) é um meio barato de se hospedar e fazer novas amizades. De certa forma é uma maneira mais "liberta" de se hospedar!

Mas esses pensamentos aos poucos estão sumindo na mente dos brasileiros, que estão conhecendo a arte de mochilar aos poucos.

Turista x Mochileiro


Resumindo, com um pacote de viagem, você certamente irá conhecer vários pontos turísticos e muito pouco da cultura de um lugar. 

Em um hotel com todos os confortos, você nunca vai conhecer novos viajantes (de outras cidades e até países) como conhece dormindo em albergues.


Meios de viagem



E a parte que eu mais gosto (e também quase ninguém entende) é que particularmente prefiro fazer 99% do meu roteiro de ônibus. Dessa forma também é possível conhecer pessoas viajantes de diversas localidades e conhecer cidades que certamente você passaria por cima se estivesse voando em um Boeing.

Quase ia me esquecendo que em alguns países da Europa é bem comum viajar à pé por longos trechos. Existem bases que dão apoio para que o viajante pouse por ali para seguir viagens no dia seguinte.
Mochileiro da América em uma viagem à pé no interior do 
Rio de Janeiro - Self: Roberto Bessa

Esses pontos podem ser desde pessoas que cedem o quintal para que os viajantes montem suas barracas até os que oferecem o sofá para que eles passem a noite, além dos albergues também.
 

Cultura mochileira

Mochileiro da América
Foto: Ines Loos

Enfim, a cultura mochileira vem ganhando cada vez mais espaço entre os viajantes. Os albergues vem sendo cada vez mais conhecidos e novos roteiros sendo descobertos.

Aos poucos o Brasil vai se adaptando a essa nova/antiga modalidade de viagem. As mentes vão se livrando dos pré conceitos.

Mochilar acaba sendo a arte cada vez mais admirada! Então, bora mochilar! 



Dicas importantes:


Mochileira pedindo carona em Luxemburgo - Fonte: Wikipedia

O melhor planejamento é não planejar nada: 

Sim, só planeje mesmo o destino. Depois faça amizades com outros viajantes no ônibus, no albergue, ou até mesmo nas ruas da cidade de destino.



Seja ousado: 

Sim, pergunte, conheça, endague mas sempre seja prudente ok.




Não tenha vergonha


Seja o mais cara de pau que você conseguir. Se der, pegue carona, converse sobre tudo, pergunte sobre tudo. 

Esqueça um pouco os aplicativos de celular e use a melhor ferramenta de busca, pergunte!

Se livre da tecnologia por um tempo:

Aplicativos de celular são bons, mas a melhor parte você vê com os olhos e não com a ponta dos dedos. 

Aplicativos podem dar uma ajuda, mas conhecer o que não é conhecido é o que realmente vai fazer sua viagem valer a pena.

 Lembre-se, nem tudo está nos aplicativos. Tem lugares e coisas que somente as pessoas locais (pessoas simples e comuns) conhecem.

Fuja do comum: 

Sim, muitos vão para apenas os grandes centros, cidades conhecidas. Mas as cidades menos divulgadas escondem por muitas vezes diversas culturas, atrações que as grandes não tem!

Agora é viajar!


Mochileiro da América no alto Ventania - Foto: Roberto Bessa
Com este post é impossível você não se animar e pegar a estrada. O melhor é que agora você sabe que viajar não é tão caro quanto você pensava!

Pegue a mochila e vá!

Gostou do post? Achou interessante? 

Então compartilhe com os amigos e faça com que eles conheçam esse universo encantador dos mochileiros!

Não esqueça de deixar um comentário também! Isso nos ajuda a trazer outros posts como este!

Um forte abraço e boas aventuras pra você!


Apoio cultural:


Fontes:

Site: Mochileiros
Blog: Rota Perdida

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Equipamentos básicos

Alguns itens básicos de navegação e sobrevivência:

Foto: Roberto Bessa
     Olá pessoal, essa semana aconteceu algo bem chato no nosso universo das trilhas que pode acontecer com qualquer um de nós, uma pessoa estava fazendo a travessia Cobiçado x Ventania e acabou se perdendo no ponto mais crítico dessa travessia que é próximo a entrada da Pedra do Inferno, ele acabou pegando um caminho errado e ficou duas noites perdido na montanha. Devido a isso resolvi colocar aqui nessa postagem, alguns itens que você não deve deixar de levar, já citei em algumas matérias aqui, mas reforçar essa informação é muito bom.
     O caminhante consciente tem que saber o mínimo de sobrevivência primitiva, mesmo que você vá acompanhando um guia ou pessoas experientes, mas uma hora ou outra você irá precisar. Conhecer um pouco de navegação por bússola e leitura de mapas é importante, tal como ter uma boa orientação. Conhecer a fauna e a flora do local por onde você está caminhando facilita também numa hora em que você possa precisar. 
     Alguns itens são indispensáveis como isqueiro e/ou pederneira, apito, lanterna e bússola são essenciais, porém existem outros que podem ajudar você a se livrar de situações de sobrevivência como uma faca, agasalho extra, cantil e um celular. Quanto ao celular, evite a tentação de caminhar com ele ligado, pois durante o percurso ele pode sair de área e isso faz com que ele consuma mais bateria e na hora de precisar você poderá ficar na mão, então ande com o celular desligado ok. A bússola e a pederneira são úteis também, mas exige um conhecimento básico ok (na internet existem vários vídeos explicativos, em breve farei também ok). 
     Vamos listar todos os itens que não deixo de levar:

* Lanterna: Mesmo que você caminhe durante o dia, leve, pois ela pode auxiliar com neblina e até mesmo no caso de você se perder vai ter luz pra se movimentar. Não deixe de levar pilhas extras ok.

* Isqueiro e/ou pederneira: Você pode andar 10 anos sem precisar usar, mas num momento crítico você vai desejar muito ter uma na mochila. É essencial pra você ascender uma fogueira pra cozinhar ou se aquecer se caso você se perder e ter q passar a noite na mata. Não deixe de ter um dos dois ou os dois se possível.

* Bússola: A ferramenta mais essencial pra orientação em qualquer lugar, mais funcional que um GPS pois não depende de sinal, porém é necessário cuidado para não deixar ela locais com campo magnético e desmagnetizar a bússola, seguindo esses cuidados sua bússola ira durar anos e anos.

* GPS: Ferramenta muito boa pra navegação, necessita de alguma experiência na leitura mas é muito boa na orientação em locais extremos, mas cuidado pois a bateria pode acabar, então use o mínimo possível ok.

* Apito: Parece estranho levar um apito, mas se você cair em algum lugar, ou se perder o apito será a maneira mais eficiente de sinalizar. O ideal é você combinar toques diferentes de apito para que os colegas de trilhas entendam o que um quer dizer para o outro com apito ok.

* Faca: É necessário pra montar abrigos ou preparar alimentos em situações de emergências. Com um pouco de habilidade, você pode usar uma faca pequena pra cortar galhos, cordas, garrafas e etc, e no preparo de alimentos que você encontre pelo caminho.

* Mapa: É fundamental você ter bom censo de orientação e direção, mas um mapa e a bússola podem se tornarem seus melhores amigos na hora de sair de situações complicadas. Aprenda ler o básico de um mapa e aprenda ter o mínimo de noção de orientação. Se orientar pelo sol ou pela lua também ajuda na leitura do mapa caso você não esteja com a Bússola em mãos.

* Anorak: Um bom agasalho corta vento impermeável vai te fazer falta em situação de chuva ou ventos muito forte (principalmente em montanhas), não deixe de ter um!

* Isolante térmico, saco de dormir apropriado ao clima e fogareiro: Esses são mais para acampamentos, embora seja o básico do básico, já vi gente esquecer então é bom sempre lembrar.

Mochileiro da América
Foto: Steffie Lofgren 
    Bom, esses equipamentos são essenciais pra se ter na mochila, vale lembrar também que em hipótese nenhuma largue sua mochila, nela que vão estar essas e outras coisas que podem fazer falta pra você. O uso de faca e facões tem que ser consciente, e em parques é proibido então só use se for extremamente necessário ok. Quanto aos materiais de orientação (bússola, mapas e GPS) procure aprender o básico pelo menos de cada um, se der pra se aprofundar, quem vai sair ganhando vai ser você! Espero ter ajudado, e muito cuidado nas trilhas, cuidado com a confiança em excesso, ela pode matar ok! Boas trilhas e boas aventuras!  




quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Rio de Janeiro x Cuzco

Mochilar de verdade do Rio a Cuzco de busão:

Expresso Ormeño - Foto: Marcelo Foshi
(retirado da internet)
     Olá mochileiros, desde o início do ano (2016), tenho visto algumas reportagens sobre a inauguração de uma linha de ônibus do Rio de Janeiro até Cuzco (Perú). Uma reportagem que me chamou muita atenção foi a do jornal O Dia (clique aqui para ver), foi bem completa e ainda informava os valores das passagens, podendo a viagem ser estendida até Lima. Fui atrás de informações para trazer para vocês, e é lógico, porque eu quero fazer essa viagem rsrsrs!
     Segundo a atendente Cláudia da Empresa, as saídas são sempre Sábados e Quartas sempre às 13:00 da rodoviária Novo Rio (Rio de Janeiro). Eles possuem ônibus Semi-leito e Leito e a viagem dura em torno de 4 dias. Como eles ainda não possuem guichê aqui, as passagens são compradas no guichê da Crucero del Norte
     Muitos vão dizer que é muito tempo, mas o verdadeiro Espírito Mochileiro está em se aventurar, conhecer novas pessoas e novas culturas, explorar a viagem, afinal o melhor destino é viajar! Segundo a atendente, a viagem com certeza se torna inesquecível, pelas paisagens e por todo o contexto. Lembrando também q a viagem pode ser estendida até Lima, mas ai o valor sobe um pouco.

Expresso Ormeño - Foto divulgação do site da Empresa


Rio x Cuzco Semi-Leito: R$ 740,00
Rio x Cuzco Leito: R$ 790,00    
Rio x Lima: R$ 820,00

Terminal de Transportes de Bogotá, Transversal 66 No. 35 ­ 11, Módulo 2, Local 134A
Bogotá - Colombia
(1) 410 7522 - 428 9210
310 609 6250

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vida de fotógrafo de Natureza

Vida de fotógrafo de Natureza: Essa vida não é fácil!


Fotos: Roberto Bessa / Steffie Lofgren
Hoje vou falar um pouquinho sobre meu trabalho. Tem muita gente que vê as fotos aqui no blog, nas exposições, nas redes sociais e não faz ideia do trabalho pra conseguir essas imagens.

Seio de Vênus mirim - Foto: Sr. Roberto
Carregar equipamento pesado nas costas, enfrentar algumas situações engraçadas e as vezes até complicadas ou até mesmo ficar cara a cara com animais peçonhentos.

O mais importante é o amor em levar essas imagens pra você que está ai sempre ligadinho nas nossas matérias! Venha conhecer um pouco dessa vida!

Subida no Morro do Bonet
Foto: Roberto Bessa

Algumas histórias:


Numa caminhada vindo de Areal até Fagundes, para tirar uma foto de uma curiosa ponte, desci até o leito do rio, escorreguei e caí dentro do rio. O pior é q estava tão lamacento que eu não conseguia sair, se não fosse a ajuda do Sr. Roberto estaria lá até agora (rsrsrs).

A foto da tal ponte na caminhada Areal x Fagundes
Foto: Roberto Bessa

Numa outra ocasião, durante a travessia do Índio Coroado, fui baixar a mochila para descansar e sentar um pouco, não reparei em um formigueiro e fui atacado pelas vorazes formigas.

Passei por algo semelhante na Pedra de Itaipava, que além do ataque das formigas, sofri uma tontura repentina quando descia do cume mais alto para o mais baixo, aquele dia foi tenso!

Andando pela crista da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa

Acho que a experiência mais complicada foi no acampamento na Pedra do Onça, onde montamos abrigos selvagens e um vento repentino derrubou o meu. Como o tempo estava muito bom e firme dormi sem abrigo mesmo, tendo somente o calor da fogueira pra me aquecer. 

E sem contar que no dia da subida cruzamos com dois rapazes usuários de drogas que achamos que iam nos incomodar, mas eles nem deram as caras no acampamento.

Meu abrigo detonado pelo vento - Foto: Roberto Bessa

As frustrações:


Dentre todas as experiências, acho que as piores são as frustrações de não conseguir terminar uma caminhada ou travessia. Ou o pior que é nem começar.

A Tapera do Morin não consegui completar por não encontrar a passagem do Caxambú para o Morin. A vista valeu a pena, mas infelizmente não completamos (mas vou tentar novamente).

Tapera do Morin - Foto: Roberto Bessa

O Caminho do Trem, parte dele não tivemos como fazer, pois em alguns locais muitas casas literalmente "invadiram" o caminho, e tivemos a péssima experiência de sair dentro de uma casa onde mora um cara muito invocado e um cachorro mais invocado ainda! Aff!

Caminho do trem - Foto: Roberto Bessa

Mas com certeza o mais frustante, foi a pedra da Índia, o caminho está fechado por um portão, e pelo que me falaram, o "dono" do lugar é bem esquentadinho!

Pedra da Índia vista da subida da Pedra da Cuca
Foto: Roberto Bessa

Recentemente, me machuquei indo para o Véu da Noiva. Rompi um músculo durante a subida, mas fui até o fim assim mesmo e completei a missão de trazer a caminhada fotografada aqui pra vocês. Em consequência disso fiquei 44 dias sem poder andar direito e longe do que mais gosto: caminhar e fotografar.
Com a perna machucada na trilha do Véu
da Noiva - Foto: Roberto Bessa

Não troco essa vida por nada!


Tucano no centro de Sebollas - Foto: Roberto Bessa
No mais, o resultado final depois de cada caminhada, trilha, travessia ou montanha é gratificante. E é mais ainda quando os leitores do blog fazem os percursos e comentam.

É assim que vejo meu trabalho valendo a pena! Amo esse meu trabalho! E você, sonha em ser um fotógrafo de natureza? Deixe seu comentário!

Cavalos vistos ao lado de um riacho - Foto: Roberto Bessa

E aproveito para te convidar à conhecer minha loja virtual onde vendo minhas fotos. E a baixar o e-book de fotografia profissional com celular. Segue os links abaixo:

Loja na Society6, clique aqui.
Baixe o E-book de fotografia com celular.

Panorama do Morro do Bonet - Foto: Roberto Bessa

Vitória Regia em Sardoal - Foto: Roberto Bessa
Sardoal - Foto: Roberto Bessa
Caminhando pela estrada - Foto: Sr Roberto
Seio de Vênus mirim - Foto: Sr Roberto
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Pôr do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Pôr do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Nascer do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Nascer do Sol na Pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Vegetação da montanha - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava com flores da montanha
Foto: Roberto Bessa
Pica-Pau de cabeça vermelha
Foto: Roberto Bessa
Clique aqui e confira esse manual imperdível!