Trilhas e Mochila

terça-feira, 24 de maio de 2016

Caminho das pedras do Taquaril

Travessia de Itaipava (Santa Mônica) à Posse:

Mochileiro da América
Foto: Manoel Netto
     Ontem fomos fazer essa travessia que tem uma paisagem muito linda em área rural, foram 4 horas e meia de caminhada, onde só a primeira parte é cansativa, pois é uma baita subida, mas que depois durante toda a descida, você passa por uma estradinha de terra muito agradável.
     O ponto de partida é no ponto final do ônibus Manga Larga (712) que você tem que pegar no terminal Itaipava, a partir do ponto final, suba a estradinha de cimento a sua direita, mais a frente ela se torna uma estradinha de cascalho e depois de terra, mais a frente você vai ver uma igrejinha muito bonita a frente de um lago, o pessoal conhece essa igreja como igreja mãe d'água, referência a pedra atrás dela ok. Pegue a rua que sobe a esquerda, a partir daí não tem errada, basta subir e apreciar toda a paisagem, quando a subida se tornar mais forte lá no alto, vai ter uma bifurcação, pegue a estrada da direita, já está quase chegando no topo da montanha.
Vista do início da Caminhada
Foto: Roberto Bessa
     Chegando no topo, você vê lindas plantações dos dois lados da estrada, ai é um ótimo ponto pra você parar, fazer um lanchinho e olhar a bela vista de descida. Na descida, de frente você vê uma montanha que o pessoal chama de morro do elefante (taquaril), por ter um formato parecido. Descendo, ela vai ficar a sua frente boa parte do caminho, siga a estrada pela direita, desse ponto em diante, você vai passar por muitas pousadas, restaurantes, pizzarias e bistrôs, todos com uma plaquinha, então se caso você se perder, siga as plaquinhas em sentido oposto. 
     Esse ponto é o menos desgastante, mas como a subida exige muito, então se você quiser fazer uma segunda parada, o muro da igrejinha é um ótimo local, porque ele é da altura certa ok! Desse ponto até o final, são mais ou menos uns 40 minutos de caminhada. Quando eu caminhava com o Grupo Esperança, nosso ponto de parada era o bar da Evanir, mas ele não existe mais e nosso ponto final era o bar da Cachoeira onde o pessoal parava pra tomar umas cervas, mas como não bebo, um lanchinho alí tá ótimo. agora basta atravessar a rua e pegar o ônibus até o Terminal Itaipava. 
     Recomendo essa caminhada, porém se você não está acostumado a subir morro, ela vai ser bem desgastante, então quando for, se prepare antes e boa caminhada!


Foto: Roberto Bessa

Igreja Mãe D'água - Foto: Roberto Bessa

Seguir pela direita - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Novamente, seguir pela direita - Foto: Roberto Bessa

Vista da subida até o topo da montanha - Foto: Roberto Bessa

Parte mais alta da caminhada - Foto: Roberto Bessa

Plantações no topo da montanha - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Igreja do Taquaril, ótimo ponto para descanso
Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Chegando ao fim da caminhada - Foto: Roberto Bessa

Placa no fim da caminhada - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Ponto de parada final, Cachoeira bar, o ponto de ônibus fica
do outro lado da estrada - Foto: Roberto Bessa

Dicas:

     Eu novamente fui com minha mochila pequena, mas como eu sabia que não ia passar por mata fechada, algumas coisas não levei, como apito, isqueiro, canivete, diminui o meu kit higiêne, levando só o básico (papel higiênico, sabonete), pode parecer pouco, mas aliviei bem o peso da mochila e isso com certeza faz diferença. 
     Não se esqueça de levar um lanchinho mais reforçado, pois como disse anteriormente, a subida exige muito e quando você chegar no seu ponto de parada, vai querer comer bem. Essa trilha também não tem ponto de abastecimento de água, então nunca se esqueça da água!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Araras x Secretário

Travessia que mistura estrada asfaltada, de terra e trilha na mata:

     Nessa segunda, fui fazer essa travessia que eu recomendo muito, Araras a Secretário. São aproximadamente 5 horas e meia de caminhada que passa primeiramente por uma estrada asfaltada, logo depois entra na trilha pela mata, sobe montanha e por fim entra-se em estrada de terra, ou seja, é uma caminhada completa! 
Foto: Roberto Bessa
     Para iniciar a caminhada, você tem que pegar o ônibus até Araras no Terminal Corrêas e descer na igreja no centrinho de Araras. Suba a rua à direita (Estrada das Perobas), seguindo sempre a principal, no final dela o asfalto dá lugar a estradinha de paralelepípedo, no fim dessa rua está o início da trilha que sobe a montanha praticamente segundo as torres de energia. A trilha é bem marcada, e nesse dia parece que estiveram roçando por ali, pelo menos um certo trecho.
     Após subir um pouquinho, tem uma pedra quadrada que se por acaso você não tiver levado água, pode abastecer o cantil ali, mas após abastecer, deixe como estava ok! A trilha tem alguns pontos de lajes de pedra, pequenas, mas se chover no dia anterior, podem estar bem escorregadias. Depois de cruzar as 2 primeiras torres, o caminho começou a ficar mais fechado porque não roçaram dali pra frente. Desde a rua, se você olhar para cima, vê duas torres entre montanhas, a trilha passa por ali, e onde estão essas torres, é o ponto mais alto da caminhada e um excelente ponto de parada se estiver limpo, caso contrário você pode roçar com um facão ou descer mais um pouco até onde parei para lanchar (vide vídeo).
Entrada da Trilha - Foto: Roberto Bessa
     Depois de passar esse ponto alto, sua visão já muda e após descer um pouco, à sua esquerda vai aparecer bem imponente a Maria Comprida, onde fiz a parada do lanche, deu para apreciar muito bem ela. Continue sempre descendo, e deste ponto, a trilha já voltou a ficar bem roçada novamente, não tem errada, basta seguir a principal. Conforme você vai descendo, aparece uma casa a esquerda, e após passar as duas últimas torres que a trilha atravessa, você vai vendo cada vez mais perto a casa. A trilha faz um curva forte para direita, nesta curva você vê de frente essa casa (já quase na mesma altura), uma pedra à esquerda, muita atenção agora, pois ao seguir a trilha, aparece um portão e uma pequena trilha à direita, o caminho certo é por essa trilha, mas se seguir pelo portão, você sai dentro do terreno da tal casa, o caseiro é gente boa e deixa passar, mas tem um baita cachorro e não muito amigável que pode não gostar se ele estiver solto e não ter ninguém em casa.
Seguir a estrada das Perobas
 Foto: Roberto Bessa
     Desse ponto em diante, você vai seguir por uma super agradável estrada de terra, bem mais a frente, mais ou menos 40 minutos de caminhada ou um pouco mais, você vai chegar à cachoeira da Rocinha, lugar bonito e você pode aproveitar pra se refrescar. Da cachoeira até o ponto do ônibus levei aproximadamente uma hora, se você andar bem, pode levar um pouco menos ok. No mais, desejo a você uma ótima caminhada, você vai gostar, e lembre-se de levar roupa de banho e desfrutar da cachoeira! Boa caminhada!


Placa indicativa, seguir a Rua A - Foto: Roberto Bessa

Siga as torres de energia - Foto: Roberto Bessa

Começo da trilha ao lado do último portão da rua
 Foto: Roberto Bessa

Ponto de abastecimento
Foto: Roberto Bessa

Torres que marcam o caminho de subida
 Foto: Roberto Bessa

Parte mais alta da caminhada - Foto: Roberto Bessa

Maria Comprida - Foto: Roberto Bessa

Trilha pela mata - Foto: Roberto Bessa

Casa com a Maria Comprida ao fundo - Foto: Roberto Bessa

Ponte rústica - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Ruazinha de descida - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Condomínio sítio Pedra Roxa - Foto: Roberto Bessa

Adorei essa placa, vale para os apressadinhos que não vêem nada
 Foto: Roberto Bessa

Cachoeira da Rocinha -  Foto: Roberto Bessa

Estrada da Rocinha - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Ruínas - Foto: Roberto Bessa

 Foto: Roberto Bessa

Chegada - Foto: Roberto Bessa

Fim da Caminhada - Foto: Roberto Bessa


Visual de descida para o vale de Secretário
 Foto: Roberto Bessa


Dicas de equipamentos e mochila:

Mochila Crampon 38 - Foto: Roberto Bessa
     Semana passada coloquei uma foto de tudo que levei para aquela caminhada, nesta levei a mesma coisa, porém recebi alguns e-mails me perguntando porque eu levo um pano de chão. Bom, a resposta é simples, eu sempre uso ele no pescoço, por que me protege da alça da máquina e quando passa algum carro em estrada de terra e levanta poeira, aproveito ele pra usar de máscara ok!
     Vou listar novamente o que eu levei, fui com uma mochila pequena, pois não sabia se estava ou não muito fechada a mata, fui com minha Crampon 38 da Trilhas e Rumos, mas a minha indicação seria a Crampon 30 (ou similar), pois ela é mais estreita e vai facilitar muito na hora de entrar na mata mais fechada ok. Mas por que você usa a 38? Uso por causa do equipamento de fotografia, mas qualquer dia, vou com uma câmera menor e mostro para vocês ok! Lista de equipamentos:
Arranha gato - Foto: Roberto Bessa

* Guarda-chuva
* Toalha
* Lancheira
* 2 garrafas d'água
* Porta óculos
* Lanterna
* Isqueiro
* Apito
* Kit higiene pessoal
* Guia de trilha
* Câmera, bolsa e kit 50 mm
* Câmera compacta
* Documentos

Vídeo:


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Equipamento essencial

Da série sobre equipamentos, o que não deixar de levar:

Roberto Bessa e Mochila TeR 50L
Foto: Roberto Bessa
     Olá pessoal, hoje vou trazer pra vocês os equipamentos essenciais que você não deve tirar da mochila em quatro situações: Mochilão, Montanhismo, Travessias e Trilhas. Já passei alguns apertos por não planejar bem uma aventura, então para que você não passe por isso, vou passar umas dicas de equipamentos que certamente vão te ajudar em algumas situações, afinal a Natureza as vezes pode ser imprevisível. Vou começar do mais simples ao mais complexo ok!

Trilhas leves:

Foto: Roberto Bessa
     Numa trilha mais simples você não precisa levar muitas coisas, pois elas não são muito longas, no máximo até 3 horas de caminhada (uma mochila de até 25L é o suficiente). Então, vamos lá:

° Água;
° Lanche leve (biscoito, sanduiche natural, frutas);
° Isqueiro;
° Apito;
° Sacas plásticas (para recolher lixo, colocar objetos molhados e etc); 
° Agasalho (preferência um Anorak);
° Lanterna
° Canivete ou faca (dependendo da situação nem precisa);
° Kit de primeiros socorros.

Travessias:

     Me refiro aqui, travessias pequenas de até 6/7 horas de caminhada, então acho melhor aumentar um pouco o tramanho da mochila (uma de 38 litros é ideal) ok:

° Ítens acima descritos dobrando a quantidade de água e lanche;
° Barraca de emergência;
° Canivete;
° Mapa e bússola;
° Capa de chuva (costumo levar guarda-chuva também, mas não é regra ok);
° Lanterna extra.

Montanhismo:

Foto: Roberto Bessa
     No montanhismo, o cuidado é maior, pois nas montanhas é sempre bem mais frio que o comum e fácil fácil existe a possibilidade do tempo mudar, além do mais, existem trechos expostos que uma mochila muito grande também pode atrapalhar. Uma mochila 38 litros dá mas pode levar uma maior um pouco, recomendo a Alpina 43 da Trilhas e Rumos por ser mais alta e estreita ou similar de outra marca:

° Ítens relacionados anteriormente;
° Fogareiro simples;
° Kit panela
° Agasalho mais reforçado;
° Canivete ou faca (ou facão se necessário);
° Altímetro;
° Corda (dependendo do caso).

Mochilão:

Foto: Roberto Bessa
     Pra você se organizar num mochilão, você tem que conhecer muito bem seu roteiro, por exemplo, se você vai para uma cidade litorânea não vai levar o mesmo que levaria para uma cidade serrana. Recomendo uma mochila de 60l pra cima (dou como referência a mochila da Mr Mountain de 70 litros, acho ideal para viagens longas com conforto). Vamos lá:

° Mapas e roteiros de onde você vai;
° Lanterna;
° Isqueiro;
° Barraca de acordo com o tempo que você vai passar (se for acampar em algum lugar);
° Passaporte atualizado e caderneta de vacinação atualizada (se for para fora do país);
° Agasalho, calçados e roupas de acordo com o tempo que vai passar e região;
° Kit primeiros socorros;
º Sempre que possível lanche e água (água sempre);
° Fogareiro e kit panela (se for preciso acampar ou não quiser comer em restaurantes);
° Cordeletes, fita cola e linhas com agulhas vão te salvar em alguns casos.

Foto: Roberto Bessa
     O mais importante é se preparar bem, conhecer o roteiro, buscar informações na internet ou com amigos que já foram naquele local sobre clima, terreno, tempo para fazer o trekking ou montanhismo, o que eles levaram, o que fez falta para eles e etc. Uma pessoa bem preparada, dificilmente é pega de surpresa ok! Mesmo com todo esse cuidado, sempre é bom conferir umas três vezes se está tudo no lugar, se está tudo amarrado direitinho e se não se esqueceu de nada ok! Então, boa caminhada ou bom mochilão pra vocês!





Achei essa foto na página da MrMountain no face,
é bem legal para ilustrar nossa matéria.