Trilhas e Mochila

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Marco da Costa - Miguel Pereira (RJ)

Caminhada longa com pernoite em barraca, tudo de bom:

Foto: Inês Loos
    Essa semana fomos até Marco da Costa no município de Miguel Pereira, no interior do Estado do Rio de Janeiro. A caminhada se iniciou pelo Vale das Videiras, passamos por Vila Suzano, já em Miguel Pereira, e seguimos pra Marco da Costa em direção à ruína da Usina de Vera Cruz, onde inicialmente íamos pernoitar. Nosso regresso foi pelo "Caminho do Imperador" pegando a Mata do facão até o Rócio.


Foto: Roberto Bessa
Foto: Roberto Bessa
     Chegamos no Vale das Videiras por volta de 8:35, compramos um pão e um queijo na venda para tomar um café da manhã reforçado, depois descobrimos uma moça vendendo um queijo de minas num preço bem legal e compramos pra levar também. Seguimos pela estradinha que entra próximo à praça já preparados para encarar o sol forte. O bom é que por um bom trecho pegamos sombras, mas o ruim foi a subida que tivemos que encarar por um longo período até chegar nas plaquinhas. Depois delas, só alegria, descida direto, só o sol mesmo que passou a castigar a gente.

Foto: Roberto Bessa
Foto: Roberto Bessa
Foto: Roberto Bessa
     No mercado da Vila Suzano fizemos uma parada pra abastecer os cantis de água e aproveitamos para tomar sorvete pois o sol tava que tava (rsrsrs). Seguimos até um pouco depois da Fazenda que está à venda (um bom tempo já) e paramos mais a frente, numa sombra, para um descanso, comer alguma coisa, beber mais água e reorganizar as mochilas. 
Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa
      De barriga cheia, hidratados e com as mochilas reorganizadas, seguimos nosso caminho. Logo após a bifurcação, descendo na estrada de Marco da Costa, paramos no bar do Chico para usar o banheiro e prosear um pouco. Vale a pena a parada para tirar foto do lago, muito lindo! Bom, temos que seguir o caminho, chegando na praça de Marco da costa, mais uma parada para descanso e reabastecer os cantis novamente, já estávamos perto!

Lago do Bar do Chico - Foto: Roberto Bessa

Bar do Chico - Foto: Roberto Bessa

Marco da Costa - Foto: Roberto Bessa

Marco da Costa - Foto: Roberto Bessa

Capela de Marco da Costa - Foto: Roberto Bessa
     Cantis abastecidos, passamos pela igrejinha (vale uma foto dela), e seguimos nossa peregrinação. Passamos pela queda do roncador (assunto do próximo post) e visitamos a barragem da usina, que estava em reforma (o que nos surpreendeu). Depois da visita à barragem, fomos para a ruína onde seria nosso ponto de acampamento, pois é, seria. 

Capela de Marco da Costa - Foto: Roberto Bessa
     Chegamos lá e para nossa surpresa, estava tudo fechado pois vão reativar a usina, não tinha mais como acampar por ali e muito menos tomar o tão esperado banho no remanso das ruínas. O que nos salvou foi que o vigia da obra nos ofereceu para acampar em seu terreno, pois já era 4:30 da tarde e não daria para voltar.

Estradinha com bambu queimado - Foto: Roberto Bessa
Ponte dois amigos - Foto: Roberto Bessa
Placa da entrada para as ruínas - Foto: Roberto Bessa
     Montamos a barraca no terreno, fizemos nossa janta, tomamos um banho de tanque (rsrsrs) e depois saímos à noite para fotografar a Lua, a gente não resiste à Lua! Mas também quando voltamos, caímos no sono até o dia seguinte. De manhã, após nosso café da manhã, desmontamos a barraca e bora por o pé na estrada. 

Foto: Roberto Bessa

Acampamento - Foto: Roberto Bessa
     Como não tomamos banho no remanso da usina, decidimos tomar um banho no poço do roncador, que será nosso próximo assunto. Depois de tomar aquele banho refrescante, seguimos para a praça de Marco da Costa onde comemos mais um pouco para não fazer mais paradas longas no trajeto. Depois do lanche reforçado e de abastecer os cantis, seguimos para a mata do facão.

Regresso - Foto: Roberto Bessa

     Porém erramos na escolha, pegar o caminho do Imperador e depois a mata do facão é um trajeto bem mais longo, era 3:30 da tarde e não tínhamos chegado à metade do caminho, paramos na igreja Assembleia de Deus que estava fechada e fizemos uma pausa de 40 minutos ou mais porque todos já estavam exaustos.

Assembleia Caminho do Imperador - Foto: Roberto Bessa
     Depois da pausa prolongada, seguimos nosso caminho e resolvemos subir o pasto do Natal por ser um trajeto mais curto embora fosse subida, mas ai de repente surgiu nossa salvação, passou uma picape que nos deu carona até o ponto final do ônibus Fazenda Inglesa, onde descemos por volta de 6 da noite e pegamos o busão pra casa.

Foto: Roberto Bessa
     Mesmo não tendo visitado o remanso da usina, o passeio valeu muito a pena pois conseguimos fazer ótimas amizades, contatos e conhecemos lugares legais (pelo menos eu conheci porque tinha ido pra lá à muitos anos atrás). Valeu por tudo! Bom, por hoje o relato termina aqui, mas semana que vem falo do poço do Roncador ok! Abraços, até a próxima!  

Foto: Roberto Bessa
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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Sou mochileiro ou turista? Quais as diferenças?

Uma dúvida que paira no ar, quais as diferenças entre mochileiros e turistas? Existe diferença?

Morro Açu - Foto: Inês Loos

Um assunto popular e bem comentado, quais as diferenças de ser um turista e ser um mochileiro?

Primeiramente precisamos saber o que essas categorias tem em comum: São viajantes que gostam de conhecer outros lugares (mesmo que de maneiras e modos diferentes).
Sardoal RJ - Foto: Roberto Bessa

Posso me considerar os dois, pois já viajei de todas as maneiras. O mais polêmico ao meu ver é a confusão feita pelo desconhecimento do que realmente é fazer um mochilão, então vou explicar:

O que é fazer um Mochilão?


Fazer um mochilão não é simplesmente por uma mochila nas costas e comprar um pacote CVC e viajar, NÃO! (Nada contra os pacotes da CVC ok)

Santos Dumont MG - Foto: João Carlos
Fazer um mochilão é muito, muito mais do que isso. É você conhecer novas culturas, costumes, vivenciar experiências, é entrar na vida de um morador de determinado lugar, é querer vivenciar a cultura local e não só visitar os pontos turísticos mais conhecidos. 

É conhecer o dia a dia da população de determinada localidade, é se interessar pela história que os livros (e os guias) não contam. Enfim, resumindo, é fazer parte do lugar como um morador temporário.


E fazer turismo, o que é?



Mas o turista não é isso? Na sua maioria não. O turista geralmente vai atrás do que leu em revistas, sites ou até mesmo porque o amigo foi e ele quer ir também para tirar uma Self melhor (rsrsrs).

A maioria dos turistas buscam os pontos de interesse em comum (museus, igrejas, casas de shows, praças) o que não deixa de ser legal.

Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica - Brasilia - DF
Foto: Vanessa Moraes
Porém nem sempre reflete a realidade dos moradores daquela cidade. Tire por você, vá em algum ponto onde os turistas visitam em sua cidade, pare para escutar os guias e os recepcionistas, eles contam a realidade que você vive?

Não, e o turista sai da cidade achando que ali não tem problema e que é o paraíso perdido na terra.


Mas então entendeu as diferenças?



Por ai já deu para perceber alguma diferença não é? Mas ainda tem mais!

Um mochileiro não vai se importar em se hospedar na casa de algum morador local, dividir quarto em hostel, ou até mesmo carregar aquela barraca e acampar no jardim de alguém que ceder o espaço. Não se importa muito com o conforto.

Já o turista procura em sites (booking.com, tripadvisor, trivago e etc) as avaliações de quem já ficou na pousada ou no hotel que pretende ficar.

Hostel? Turista até fica em hostel, mas não é a preferência (até mesmo por desconhecer de fato como é um).

Opinião pessoal:


Estrada Real (Sebollas RJ)
 Foto: Iracema Loos
Nos grupos de whatsapp fico besta com assuntos abordados e até a maneira em que falam das formas de viajar (pra mim mochileiros mesmo estão em falta nos grupos).

Mas como um mochileiro viaja? À pé, de carona, busão, de jegue, cavalo, avião, qualquer coisa, por que o que o mochileiro mais quer é viajar e não importa como.

O turista sempre vai dar preferência ao mais rápido (avião no geral), pois ele tem poucos dias de viagem e querem "aproveitar" o máximo que puder.

Mas onde está o aproveitar? Você já fez amizade dentro de um avião a ponto da pessoa te convidar para ficar na casa dela? Até pode existir isso, mas nunca vai ser igual a pegar uma carona e aprender um pouco mais sobre o generoso motorista que está lhe ajudando.

Numa viagem à Argentina, encontrei várias pessoas dentro do ônibus que se tornaram verdadeiros amigos (afinal são 4 dias de viagem do Rio até Buenos Aires) e essas amizades renderam até hoje.

Conclusão:


Cabo Frio RJ - Foto: Roberto Bessa
Pra resumir, o mochileiro é o cara (ou a moça) que se interessa pelo dia a dia da população de um determinado local e não se importa em trabalhar durante uma viagem para adquirir conhecimento e vivência além do que é oferecido nos passeios culturais de agências de viagens.

Não estou desmerecendo nenhuma forma de viajar. Simplesmente ressalto as várias formas de viajar, veja qual você se identifica mais e seja feliz, eu sou mochileiro nato

E você, se enquadra em qual categoria? Deixe nos comentários! Vou listar abaixo alguns links que podem ajudar vocês em suas viagens:

Apoio cultural:





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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Morro Açu: Acampamento

Morro Açu: Acampamento com direito à Lua cheia e Nascer do Sol

Morro Açu - Foto: Roberto Bessa
Cachoeira do Alicate
Foto: Roberto Bessa


Nosso roteiro principal era fazer a travessia até Teresópolis, mas por motivos alheios a nossa vontade (que não vou entrar em detalhes) decidimos só pernoitar no Morro Açu.

A subida até o Açu é pesada, ainda mais com uma cargueira nas costas com barraca, comida, roupas, e no meu caso equipamento fotográfico (rsrsrs).

Só que minha mochila estava tão cheia que ainda fui com o estojo de cintura cheio e mais algumas coisas que tiveram que ir penduradas.


Bom, para chegar até o morro Açu, eu já descrevi anteriormente, vou descrever a experiência de acampar naquele lugar abençoado.

Devido alguns contratempos chegamos mais tarde do que o previsto e tivemos que montar a barraca a noite já, demorou um pouco mais por conta disso. O camping no Açu é bem amplo.

O ideal é chegar o mais cedo possível para encontrar um local melhor para montar sua barraca. Por isso o idela é comprar seu ingresso antecipado ou pelo site do PARNASO ou na portaria dias antes. 


Castelos do Açu - Foto: Roberto Bessa
A noite até que não estava tão fria, segundo o rapaz do abrigo foi 8° positivo.

Somente o vento que soprava à noite que fazia com que parecesse mais frio.

Dentro da barraca estava bem quentinho porque ficamos protegidos do vento.

Acordamos por volta das 5:30 da manhã para ver o maior espetáculo de lá, o nascer do sol. 


O nascer do sol deu um espetáculo à parte, e vale muito a pena levantar esse horário para conferir ele.
Nascer do sol visto do Açu - Foto: Roberto Bessa
Eu conferi ele na parte de baixo próximo aos castelos, mas o pessoal vai lá em cima ver (não pude pois minha perna não é mais como antes), mesmo de baixo o visual foi incrível.

O mar de nuvens ainda completou o visual.

Bom, acho que vou deixar para vocês verem nas fotos né (rsrsrsrs).


Foto: Roberto Bessa
Mesmo não conseguindo realizar a travessia, curtimos bem.

Nossa volta foi tranquila e por sinal bem mais rápida porque aliviamos os pesos e reorganizamos nossas mochilas.

Não tenho como não agradecer um amigo que fizemos na trilha, o André, ele foi um anjo enviado por Deus para que a gente pudesse ter terminado a subida, então fica aqui o nosso muito obrigado! 


Bom gente, aconselho a quem não acampou no Açu, faça!

Você vai se amarrar muito, curtir muito, aproveitar muito!

Espero que tenham gostado do relato e espero vocês na próxima ok! Um fortíssimo abraço!



Castelos do Açu - Foto: Roberto Bessa

Agulha Itacolomi e pedra mãe, mas de nuvens em volta
Foto: Roberto Bessa

Cruzeiro - Foto: Inês Loos

Foto: Inês Loos

Cruzeiro - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Ernani Dias


Pedra do queijo - Foto: Ernani Dias

Ajax - Foto: Roberto Bessa

Foto: Ernani Dias

Foto: Roberto Bessa

Antigo abrigo nas pedras - Foto: Inês Loos

Foto: Inês Loos

Agradecimento ao amigo André, valeu! 

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