Trilhas e Mochila

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Uricanal e Pinheirinhos

A magia dessa trilha encanta todas às vezes que vou lá!

Início da Uricanal - Foto: Inês Loos

     Semana passada voltamos na Uricanal e com direito à visita até às ruínas nos pinheirinhos, infelizmente nessa época de estiagem estava com pouquíssima água, mas uma coisa é certa, temos que atentar para a escassez de água, o problema é seríssimo! O dia colaborou bastante com a gente pois não choveu e nem fez sol muito forte.
Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Foto nas ruínas - Foto: Inês Loos

     Começamos a caminhada e logo fomos nos pinheirinhos primeiro porque a Inês ainda não conhecia, como é pertinho, aproveitamos para abastecer nossos corpos com água e um breve lanchinho, em seguida fomos até as ruínas pra visitar e tirar umas fotos. Pra chegar nas ruínas, você tem que pegar a antiga trilha para o Morro Açu (clique aqui para ver) como relatei anteriormente.
Foto: Roberto Bessa

Inês descansando um pouco - Foto: Roberto Bessa

     Depois seguimos para Uricanal, paramos na primeira travessia para tirar umas fotos (como sempre) e logo seguimos a trilha até fazer uma outra parada para fotos em um poço que fica escondido na trilha que poucas pessoas notam quando fazem essa travessia. Infelizmente como falei no início, a estiagem e a captação desordenada de água fez o volume de água diminuir bastante, mas mesmo assim o lugar ainda é muito lindo!
Poço ideal para um belo banho - Foto: Roberto Bessa

     A gruta conhecida como cabana no caçador foi nossa próxima parada para ai sim lanchar de verdade e descansar porque o ambiente úmido e o calor fazem a gente se cansar bem mais que o normal. Neste local reparamos um canto muito lindo de um pássaro que não conseguimos ver e nem identificar, mas era muito lindo mesmo, sem contar com as arapongas e pica paus que já são velhos conhecidos de quem faz essa travessia.
Foto tradicional na plaquinha - Foto: Inês Loos

     Seguindo em frente ainda fizemos mais umas paradas para fotos e também pra conhecer mais um poço escondido por entre a mata. Já estávamos próximos à entrada do Alcobaça, a pior parte pra mim é justamente a descida da trilha do Alcobaça, porque depois que machuquei a perna, tenho dificuldades para descer, mas nada que com calma e cuidado não dê para fazer. No finalzinho você começa sentir um cheiro bem gostoso de comida feita no fogão à lenha, é porque você está chegando no Tourin restaurante, que é uma ótima parada para almoçar bem e barato.
Flor na descida da trilha - Foto: Roberto Bessa

Últimos trechos sendo vencido pela Iracema
Foto: Roberto Bessa

     Como falei antes e sempre falo, eu super recomendo essa trilha, o ideal é ir com alguém q já conhece bem pois surgiram outras trilhas (por algum motivo) e quem não conhece com certeza existe a possibilidade de se perder ok. Mas não é motivo para deixar de ir ok! Boa trilha à todos até a próxima trilha! 
Pico do Alcobaça - Foto: Roberto Bessa

Último Tótem - Foto: Inês Loos

Panorâmica da descida para o Vale do Bonfim - Foto: Roberto Bessa



segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Pedra do Quitandinha

Bem no meio urbano existe uma montanha bem legal de visitar!

Panorâmica do cume da Pedra do Quitandinha - Foto: Roberto Bessa

     Neste feriado de 15 de Novembro resolvemos subir a Pedra do Quitandinha, eu já havia subido em 2015 (clique aqui pra ver) porém eu tinha subido pelo Thouzet, dessa vez subimos pelo Quitandinha que é o trajeto descrito pelo livro do Waldyr Netto.
Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa


     Começamos subir tarde pois nossa intenção era ver o por do sol lá de cima, mas depois os planos mudaram, o sol estava bem forte mas uma boa parte do caminho deu pra dar uma fugidinha pra sombra. Seguimos pela rua Uruguai até chegar uma ruazinha de subida forte à nossa direita, subimos a rua até o calçamento dar lugar para uma rua de terra batida, a partir desse ponto seguimos sempre para esquerda usando o bom senso. 
Vista para o Hotel Quitandinha - Foto: Roberto Bessa

Jardim do Hotel - Foto: Roberto Bessa

Hotel Quitandinha - Foto: Roberto Bessa

Farol do lago -  Foto: Roberto Bessa
     Por incrível que pareça quando termina a rua de terra, existe um barzinho no meio do nada, a trilha começa ai. Desse ponto em diante, basta seguir o bom senso e ir pela trilha principal, passamos os dois platores e logo chegamos ao trecho erodido, que é mais chatinho de passar. Depois de vencida a subida, andando um pouco mais à frente você chega à uma espécie de pracinha com algumas pedras que você pode usar como seu ponto de parada (no nosso wikiloc paramos ai), mas existe mais à frente um mirante também pode ser um ótimo lugar para apreciar o por do sol e ver o Hotel Quitandinha em sua totalidade por cima. Mas tome cuidado, pois no dia 14 de Novembro do ano passado um bloco de pedra se deslocou caindo sobre umas casas, e a trilha vai bem próximo do local onde esse bloco de pedra se desprendeu ok!

Pedra do Avião - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

     No início falei que nossa ideia era ver o por do sol de lá, mas ai eu decidi ir ao Parque São Vicente e ver de lá, neste caso fui sozinho mesmo, e como sempre, estava bem cheio lá como sempre, mas se você procurar, sempre encontra um local especial pra admirar o espetáculo natural!
Finalzinho da tarde - Foto: Roberto Bessa

    Espero que tenham gostado desse relato, é um local ótimo pra ir com a família pois não tem muita subida e nem é muito extenso, eu recomendo! Semana que vem tem mais! Um forte abraço e até a próxima aventura!!!

Foto do local do desastre ano passado
Foto: Bruno Eiras - Tribuna de Petrópolis
Encerrando o dia no Parque São Vicente - Foto: Roberto Bessa

Videos:




quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O tempo mudou e você estava na trilha? Veja o que fazer!

Uma coisa preocupante é quando você está no meio de uma trilha e o tempo vira, veja o que fazer:

     Em algumas ocasiões já fui pego de surpresa em uma trilha e nessa época do ano isso pode acontecer com muita facilidade, mesmo com tantos aplicativos de meteorologia, ora ou outra falha e você pode se encontrar em uma situação complicada, neste caso, como devo proceder? Isso é o que veremos nessa postagem!
Tempo virando na metade da travessia Cobiçado x Ventania
Foto: Roberto Bessa

     Antes de falar sobre como proceder, vou contar o que aconteceu comigo. Em determinada ocasião fui visitar uma cachoeira em uma cidade vizinha, o tempo estava lindo, quente e parecia que tudo ia dar certo, o caminho até a cachoeira tinha que atravessar o riacho por duas vezes até chegar lá, entre a travessia do primeiro riacho até o segundo, fui surpreendido com uma pancada fortíssima de chuva que fez o riacho transbordar impossibilitando o regresso ou o avanço durante uma hora e meia, tive que me abrigar próximo à uma pedra para não me molhar muito. Depois de um tempo, o sol voltou com força e pude regressar, mas já pensou se a chuva durasse mais tempo?
Torre sendo encoberta no Ventania
Foto: Roberto Bessa

     Em situações como essa que relatei, você tem que estar preparado, mas como se preparar? Num outro blog que escrevo (bushcraft e sobrevivência) citei sobre os 10 pilares da sobrevivência, esses 10 pilares são importantes bases para que você não passe aperto numa situação dessa. Pode parecer exagero, ou peso em excesso (e não é), mas se o tempo virar durante sua trilha você não será pego desprevenido.

      Principalmente nessa época do ano (primavera / verão) nunca saia de casa com um lanche para uma trilha curta, sempre leve um pouco a mais, capa de chuva não deve sair da mochila, lanterna e um abrigo de emergência são itens indispensáveis. Um cobertor ou barraca de emergência não pesa quase nada e deve ser hábito do caminhante. Saber fazer fogo (pode parecer incrível mas pouca gente sabe fazer) é algo indispensável, em último caso pode fazer uma diferença numa situação de risco.

     Bom, agora que sabemos o que levar para evitar apertos, vamos falar de como se livrar dessas situações. Está na trilha e veio um temporal, tente se abrigar em locais como grutas ou próximo à pedras que te darão uma proteção contra o vento e possivelmente contra chuva. Se possível, tente montar uma estrutura para uma proteção maior. Começou a chover, se afaste ao máximo das margens de rios, elas podem subir muito rapidamente e não se enganem, podem carregar você com muita facilidade, então se afaste de rios! Caso você precise passar a noite no mato, use agora o cobertor de emergência ou a barraca de emergência, na mata as noites são bem frias e úmidas. Se você tem alguma habilidade em montar estruturas, a hora é agora de por em prática, evite ao máximo ficar em contato com o chão, tente montar algo que possa te isolar do solo, caso não consiga montar essa estrutura, procure alguma vegetação que te isole do contato com o solo (tipo folhas de pinheiro). Se você não levou um cobertor de emergência, ascenda uma fogueira, com cuidado para não incendiar a mata e provocar um acidente (Sei que vão ter comentários negativos sobre a fogueira, ela é em último caso, e saiba que em vários parques do mundo só deixam você entrar para fazer trilha, por menor que ela seja, se você tiver um kit para ascender fogo ok).

Fogueira - Foto: Roberto Bessa

     Lembre-se sempre, em caso de chuva volte! Essas dicas são apenas se você não conseguir regressar e ficar preso por algum motivo ok! Novamente falo que fazer fogueira é seu último recurso, em caso muito extremo mesmo, pois fogueira acesa por quem não tem conhecimento pode terminar em tragédia! Espero que tenha ajudado em algo, até a próxima! 

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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Parque Cremerie

Uma caminhada pertinho nessa época de chuva:

Outono ano passado - Foto: Roberto Bessa
     Nessa época de chuvas fortes e tempo incerto, ir para locais remotos, longes ou descampados pode não ser a melhor opção para você que gosta de estar em contato com a natureza como eu. Aqui em Petrópolis temos algumas opções para você ficar em contato com a Natureza, e essa semana trago pra vocês o Parque Cremerie.
Outono de 2016 - Foto: Roberto Bessa
Lago do Cremerie - Foto: Roberto Bessa

     A área do parque (44.000 m²) foi adquirida em 1875 por um empresário francês chamado Jules Buisson que montou ali uma fábrica de queijos e manteiga, mais tarde o Cremerie foi adquirido pela família Sixel que transformou em hotel, posteriormente virou área pública e se tornou o parque Cremerie.
Chalé de uma das ilhas - Foto: Roberto Bessa

     O parque Cremerie fica próximo à entrada da cidade (Quitandinha), na Estrada da Independência s/n, bem pertinho para todos os moradores da cidade e também para os turistas que chegam aqui. Como moro bem próximo fui à pé até lá (em torno de 30 min.), mas você pode ir de carro, moto, bicicleta ou de busão (401, 436, 463, 435, 459, 402, 421) das linhas Independência, Bairro Mauá e Taquara, eles param bem em frente ao parque.
Flora - Foto: Roberto Bessa

     Já entrando no parque você pode notar a paz que o parque proporciona. O ideal é chegar bem cedo e provavelmente você terá o parque "só pra você", quando chega por volta de 10 horas da manhã os turistas começam a chega, mas se for durante a semana é menos frequentado e mais calmo. O parque abre 8 da manhã e fecha às 5 da tarde, então dá para aproveitar bastante.
Entrada do Parque - Foto: Roberto Bessa

Entrada do parque - Foto: Roberto Bessa
    Quanto a estrutura, o parque conta com piscina coberta, quadra de futebol, lanchonete e parquinho para crianças. Dá para andar de pedalinho no lago ou visitar as ilhas do lago onde existem casinhas para compor o visual lindo dos 44000 metros quadrados da área. Uma das ilhas estava fechada quando fui (22/10/2017) não sei o motivo, mas deve reabrir em breve.
Ilha - Foto: Roberto Bessa
Detalhe das casas nas ilhas e moinho - Foto: Roberto Bessa


Morador do lago - Foto: Roberto Bessa
Ilha - Foto: Roberto Bessa
     Minha observação final é, se você não pode fazer uma trilha, ir para montanha ou pegar uma estrada rural, fazer um programa em família no parque Cremerie é um ótima pedida. Você estará em contato com a Natureza, num lugar maravilhoso e ainda curtindo com a família! Recomendo? Sim recomendo que você vá e curta bastante. Até a próxima!!!

 Visite:



Fonte de pesquisa: Site Net Petrópolis

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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Poço do Roncador

Um poço próximo à estrada e de acesso simples, mas não se engane, é fundo!

Poço do Roncador - Foto: Roberto Bessa

     Olá pessoal, semana passada falei de nossa caminhada até às ruínas da usina de Vera Cruz (clique aqui), durante essa caminhada passamos pelo poço do roncador e aproveitamos para tomar um relaxante banho antes do nosso regresso. Vale a pena conferir e tomar um banho!
Poço do Roncador - Foto: Roberto Bessa

     Existem várias maneira de chegar ao poço, nós fomos andando do Vale das Videiras (Petrópolis) até lá (Miguel Pereira), mas você pode ir pelo Rócio, ou descendo o pasto do Natal ou pegando a estrada pela mata do facão. Caso vocês optem por ir à pé, recomendo que façam contato com pessoas que moram próximo para tentar um local para passar a noite (como fizemos). Vou lembrar que, pela mata do facão é o caminho mais extenso (supera 25 Km), descendo o pasto do Natal você encurta o trajeto bastante, porém ainda assim é mais longo do que ir pelo Vale das Videiras, mas a vantagem é que você só pegará descida, já que pelo Vale das Videiras pega um trecho de subida moderada.
Estrada - Foto: Roberto Bessa

     Pra quem vai de carro a melhor opção também é ir pelo Vale das Videiras, pois o caminho será mais curto e a estrada se encontra numa situação bem melhor. Vale ressaltar que próximo à entrada do poço você não terá como estacionar, o melhor local é passar a entrada e estacionar depois da ponte dois amigos.
Foto: Roberto Bessa

     Quanto ao poço, as águas são mansas, tendo uma parte mais rasa com um banco de areia onde as crianças podem aproveitar bastante, já a parte mais funda recomendo somente aos mais experientes (Já ouvi relatos de pessoas morrendo ali, então melhor não arriscar). A descida até o poço é um pouco complicada pois é em rocha e bem íngreme, então é preciso um pouco de cuidado para que não aconteça um acidente ok. Mas indo com cuidado dá para aproveitar bastante!
Queda do Roncador - Foto: Roberto Bessa

Poço do Roncador - Foto: Roberto Bessa

     Nesse tempo de calor, um mergulho num poço é muito bom mesmo, mas o que falta é um pouco de responsabilidade por parte das pessoas e também consciência ambiental. Se você for lá ou em qualquer lugar, leve seu lixo, não suje, não piche e respeite seus limites e os limites da natureza. Observe que muitas áreas naturais estão deixando de existir por culpa da ação do ser humano (ou desumano dependendo da pessoa). Aproveite mas com respeito! Um forte abraço e até a próxima!

Entrada do Poço - Foto: Roberto Bessa

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