Trilhas e Mochila

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Equipamentos básicos

Alguns itens básicos de navegação e sobrevivência:

Foto: Roberto Bessa
     Olá pessoal, essa semana aconteceu algo bem chato no nosso universo das trilhas que pode acontecer com qualquer um de nós, uma pessoa estava fazendo a travessia Cobiçado x Ventania e acabou se perdendo no ponto mais crítico dessa travessia que é próximo a entrada da Pedra do Inferno, ele acabou pegando um caminho errado e ficou duas noites perdido na montanha. Devido a isso resolvi colocar aqui nessa postagem, alguns itens que você não deve deixar de levar, já citei em algumas matérias aqui, mas reforçar essa informação é muito bom.
     O caminhante consciente tem que saber o mínimo de sobrevivência primitiva, mesmo que você vá acompanhando um guia ou pessoas experientes, mas uma hora ou outra você irá precisar. Conhecer um pouco de navegação por bússola e leitura de mapas é importante, tal como ter uma boa orientação. Conhecer a fauna e a flora do local por onde você está caminhando facilita também numa hora em que você possa precisar. 
     Alguns itens são indispensáveis como isqueiro e/ou pederneira, apito, lanterna e bússola são essenciais, porém existem outros que podem ajudar você a se livrar de situações de sobrevivência como uma faca, agasalho extra, cantil e um celular. Quanto ao celular, evite a tentação de caminhar com ele ligado, pois durante o percurso ele pode sair de área e isso faz com que ele consuma mais bateria e na hora de precisar você poderá ficar na mão, então ande com o celular desligado ok. A bússola e a pederneira são úteis também, mas exige um conhecimento básico ok (na internet existem vários vídeos explicativos, em breve farei também ok). 
     Vamos listar todos os itens que não deixo de levar:

* Lanterna: Mesmo que você caminhe durante o dia, leve, pois ela pode auxiliar com neblina e até mesmo no caso de você se perder vai ter luz pra se movimentar. Não deixe de levar pilhas extras ok.

* Isqueiro e/ou pederneira: Você pode andar 10 anos sem precisar usar, mas num momento crítico você vai desejar muito ter uma na mochila. É essencial pra você ascender uma fogueira pra cozinhar ou se aquecer se caso você se perder e ter q passar a noite na mata. Não deixe de ter um dos dois ou os dois se possível.

* Bússola: A ferramenta mais essencial pra orientação em qualquer lugar, mais funcional que um GPS pois não depende de sinal, porém é necessário cuidado para não deixar ela locais com campo magnético e desmagnetizar a bússola, seguindo esses cuidados sua bússola ira durar anos e anos.

* GPS: Ferramenta muito boa pra navegação, necessita de alguma experiência na leitura mas é muito boa na orientação em locais extremos, mas cuidado pois a bateria pode acabar, então use o mínimo possível ok.

* Apito: Parece estranho levar um apito, mas se você cair em algum lugar, ou se perder o apito será a maneira mais eficiente de sinalizar. O ideal é você combinar toques diferentes de apito para que os colegas de trilhas entendam o que um quer dizer para o outro com apito ok.

* Faca: É necessário pra montar abrigos ou preparar alimentos em situações de emergências. Com um pouco de habilidade, você pode usar uma faca pequena pra cortar galhos, cordas, garrafas e etc, e no preparo de alimentos que você encontre pelo caminho.

* Mapa: É fundamental você ter bom censo de orientação e direção, mas um mapa e a bússola podem se tornarem seus melhores amigos na hora de sair de situações complicadas. Aprenda ler o básico de um mapa e aprenda ter o mínimo de noção de orientação. Se orientar pelo sol ou pela lua também ajuda na leitura do mapa caso você não esteja com a Bússola em mãos.

* Anorak: Um bom agasalho corta vento impermeável vai te fazer falta em situação de chuva ou ventos muito forte (principalmente em montanhas), não deixe de ter um!

* Isolante térmico, saco de dormir apropriado ao clima e fogareiro: Esses são mais para acampamentos, embora seja o básico do básico, já vi gente esquecer então é bom sempre lembrar.

Mochileiro da América
Foto: Steffie Lofgren 
    Bom, esses equipamentos são essenciais pra se ter na mochila, vale lembrar também que em hipótese nenhuma largue sua mochila, nela que vão estar essas e outras coisas que podem fazer falta pra você. O uso de faca e facões tem que ser consciente, e em parques é proibido então só use se for extremamente necessário ok. Quanto aos materiais de orientação (bússola, mapas e GPS) procure aprender o básico pelo menos de cada um, se der pra se aprofundar, quem vai sair ganhando vai ser você! Espero ter ajudado, e muito cuidado nas trilhas, cuidado com a confiança em excesso, ela pode matar ok! Boas trilhas e boas aventuras!  




sábado, 17 de setembro de 2016

Morro do Bonet

Regresso a esse encantador visual!

Foto: Roberto Bessa
Foto: Roberto Bessa
     Olá pessoal, essa semana regressamos no Morro do Bonet, e eu trouxe pra vocês novamente essa incrível paisagem desse lugar encantador! A descrição de como chega no lugar já escrevi anteriormente aqui no blog (clique aqui pra ver), então vou descrever aqui somente algumas mudanças boas na trilha.
     Da primeira vez, embora seja uma trilha fácil, tivemos algumas dificuldades pra subir por conta de erosões causadas pela chuva e a grande quantidade de pessoas que frequentam a trilha. Porém esse problema vem sendo sanado pois instalaram escadinhas feitas de eucalipto que servem pra facilitar o acesso e conter a água da chuva que descia pela trilha antigamente.
Início da trilha - Foto: Roberto Bessa
     É preciso vencer com cautela pois existem desvios de água no meio da trilha em vários pontos, então é preciso subir olhando bem onde pisar e principalmente tomando cuidado para não tropeçar, ok! Como parece que é algo recente é preciso preservar também, porque ajuda aos amantes da natureza à chegarem ao topo, e preserva o ambiente da trilha.
     Na parte final, onde é quase que preciso "escalar" umas pedra pra subir, Sr. Roberto e eu construímos uma espécie de escada do lado direito da subida original, pra ajudar um pouco o acesso também, mas isso fizemos da outra vez ok! 
     No mais, vale muito a pena a visita ao Morro do Bonet, tem uma das mais lindas vistas aqui de Petrópolis, com uma visão de 360° de muita natureza. Se for atento aos sons, você consegue observar muitos cantos de pássaros e talvez se tiver sorte também consegue ver. Foi dito à mim, que lá é um local que existem muitas cobras, é bom tomar cuidado sempre, mas confesso que nunca vi uma por lá ok! Vale a pena ir? Vale muito e eu recomendo!!! Boa caminhada!!!


Escadinha - Foto: Roberto Bessa

Escadinhas na trilha - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Panorama - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Mar de nuvens - Foto: Roberto Bessa

 Vídeo: 





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Pinheirinhos

Poço escondidinho no Caxambu

Mochileiro da América
Foto: Camilla Vieira
     Essa caminhada começa no mesmo lugar que a travessia Uricanal já descrita em nosso blog (Clique aqui: 1ª vez e 2ª Vez), porém das duas vezes que visitamos os Pinheirinhos não fomos até o poço, então agora fizemos essa curta caminhada pra trazer pra vocês nesse lindo lugar!
     Pra chegar nos Pinheirinhos está descrita anteriormente (clique aqui pra ver), pra seguir até o poço, basta seguir o caminho natural da trilha, você vai descer uma rampinha de terra que vai ter que vencer com alguma cautela pois é bem escorregadio, segue pela mata, fechada em alguns trechos, mas com trilha bem marcada.
     Existem algumas trilhas à esquerda que levam até alguns trechos do rio que valem a pena serem visitados. Num determinado ponto, se alguém tiver um olho bem atento, pode-se notar uma espécie de construção em ruínas à esquerda, vale a pena uma visitinha! Seguindo mais a cima chega-se ao poço, não demos muita sorte, pois o poço estava um pouco vazio por causa da estiagem, mas mesmo para um passeio vale muito a pena!
     Segundo algumas informações, essa região era uma fazenda (já ouvi também que ela pertencia ao Getúlio Vargas, mas não é uma informação comprovada), essa trilha é o antigo acesso ao morro Açu, antes de abrirem o caminho pelo Bonfim. A história encontra-se gravada em cada árvore e cada pedra das ruínas, o terreno vale uma exploração! 
Ruínas da fazenda - Foto: Roberto Bessa
     Essa é uma caminhada bem fácil, sem subidas fortes, sem dificuldade de orientação, mas vale ressaltar que quando você for, muita atenção na trilha, porque tivemos a oportunidade de encontrar uma cobra atravessando a trilha. Ela não nos fez nada, mas poderia ter feito se a gente tivesse pisado nela ou assustado, então, quando for, atenção redobrada!!! Vale a pena ir!

     Quero me desculpar pela qualidade das fotos, como alguns sabem eu sofri um acidente recentemente e essa foi uma espécie de reestreia pra mim, não quis carregar muito peso e por esse motivo não levei a câmera profissional, levei minha compacta Fujifilm e usei celular em alguns casos e esse pode ser um dos motivos pela qualidade das fotos não terem sido as mesmas ok! Obrigado pela compreensão!!


Saída dos Pinheirinhos para o poço - Foto: Roberto Bessa


Entrada para as ruínas (seta amarela) e caminho para o
 poço (seta branca) - Foto: Roberto Bessa

Poço após as ruínas - Foto: Roberto Bessa

Poço dos Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Poço onde perdi meu óculos, quem achar favor devolver rsrsrs
Foto: Camilla Vieira

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa


Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa


Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Sol por entre os Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Pinheirinhos - Foto: Roberto Bessa

Uma dica é dar uma ida até o riacho cortado pela trilha Uricanal
vai aumentar só mais uns 5 minutinhos - Foto: Camilla Vieira 

Início da Uricanal - Foto: Camilla Vieira

Vídeo:


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Rio de Janeiro x Cuzco

Mochilar de verdade do Rio a Cuzco de busão:

Expresso Ormeño - Foto: Marcelo Foshi
(retirado da internet)
     Olá mochileiros, desde o início do ano (2016), tenho visto algumas reportagens sobre a inauguração de uma linha de ônibus do Rio de Janeiro até Cuzco (Perú). Uma reportagem que me chamou muita atenção foi a do jornal O Dia (clique aqui para ver), foi bem completa e ainda informava os valores das passagens, podendo a viagem ser estendida até Lima. Fui atrás de informações para trazer para vocês, e é lógico, porque eu quero fazer essa viagem rsrsrs!
     Segundo a atendente Cláudia da Empresa, as saídas são sempre Sábados e Quartas sempre às 13:00 da rodoviária Novo Rio (Rio de Janeiro). Eles possuem ônibus Semi-leito e Leito e a viagem dura em torno de 4 dias. Como eles ainda não possuem guichê aqui, as passagens são compradas no guichê da Crucero del Norte
     Muitos vão dizer que é muito tempo, mas o verdadeiro Espírito Mochileiro está em se aventurar, conhecer novas pessoas e novas culturas, explorar a viagem, afinal o melhor destino é viajar! Segundo a atendente, a viagem com certeza se torna inesquecível, pelas paisagens e por todo o contexto. Lembrando também q a viagem pode ser estendida até Lima, mas ai o valor sobe um pouco.

Expresso Ormeño - Foto divulgação do site da Empresa


Rio x Cuzco Semi-Leito: R$ 740,00
Rio x Cuzco Leito: R$ 790,00    
Rio x Lima: R$ 820,00

Terminal de Transportes de Bogotá, Transversal 66 No. 35 ­ 11, Módulo 2, Local 134A
Bogotá - Colombia
(1) 410 7522 - 428 9210
310 609 6250

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vida de fotógrafo de Natureza

Vida de fotógrafo de Natureza: Essa vida não é fácil!


Fotos: Roberto Bessa / Steffie Lofgren
Hoje vou falar um pouquinho sobre meu trabalho. Tem muita gente que vê as fotos aqui no blog, nas exposições, nas redes sociais e não faz ideia do trabalho pra conseguir essas imagens.

Seio de Vênus mirim - Foto: Sr. Roberto
Carregar equipamento pesado nas costas, enfrentar algumas situações engraçadas e as vezes até complicadas ou até mesmo ficar cara a cara com animais peçonhentos.

O mais importante é o amor em levar essas imagens pra você que está ai sempre ligadinho nas nossas matérias! Venha conhecer um pouco dessa vida!

Subida no Morro do Bonet
Foto: Roberto Bessa

Algumas histórias:


Numa caminhada vindo de Areal até Fagundes, para tirar uma foto de uma curiosa ponte, desci até o leito do rio, escorreguei e caí dentro do rio. O pior é q estava tão lamacento que eu não conseguia sair, se não fosse a ajuda do Sr. Roberto estaria lá até agora (rsrsrs).

A foto da tal ponte na caminhada Areal x Fagundes
Foto: Roberto Bessa

Numa outra ocasião, durante a travessia do Índio Coroado, fui baixar a mochila para descansar e sentar um pouco, não reparei em um formigueiro e fui atacado pelas vorazes formigas.

Passei por algo semelhante na Pedra de Itaipava, que além do ataque das formigas, sofri uma tontura repentina quando descia do cume mais alto para o mais baixo, aquele dia foi tenso!

Andando pela crista da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa

Acho que a experiência mais complicada foi no acampamento na Pedra do Onça, onde montamos abrigos selvagens e um vento repentino derrubou o meu. Como o tempo estava muito bom e firme dormi sem abrigo mesmo, tendo somente o calor da fogueira pra me aquecer. 

E sem contar que no dia da subida cruzamos com dois rapazes usuários de drogas que achamos que iam nos incomodar, mas eles nem deram as caras no acampamento.

Meu abrigo detonado pelo vento - Foto: Roberto Bessa

As frustrações:


Dentre todas as experiências, acho que as piores são as frustrações de não conseguir terminar uma caminhada ou travessia. Ou o pior que é nem começar.

A Tapera do Morin não consegui completar por não encontrar a passagem do Caxambú para o Morin. A vista valeu a pena, mas infelizmente não completamos (mas vou tentar novamente).

Tapera do Morin - Foto: Roberto Bessa

O Caminho do Trem, parte dele não tivemos como fazer, pois em alguns locais muitas casas literalmente "invadiram" o caminho, e tivemos a péssima experiência de sair dentro de uma casa onde mora um cara muito invocado e um cachorro mais invocado ainda! Aff!

Caminho do trem - Foto: Roberto Bessa

Mas com certeza o mais frustante, foi a pedra da Índia, o caminho está fechado por um portão, e pelo que me falaram, o "dono" do lugar é bem esquentadinho!

Pedra da Índia vista da subida da Pedra da Cuca
Foto: Roberto Bessa

Recentemente, me machuquei indo para o Véu da Noiva. Rompi um músculo durante a subida, mas fui até o fim assim mesmo e completei a missão de trazer a caminhada fotografada aqui pra vocês. Em consequência disso fiquei 44 dias sem poder andar direito e longe do que mais gosto: caminhar e fotografar.
Com a perna machucada na trilha do Véu
da Noiva - Foto: Roberto Bessa

Não troco essa vida por nada!


Tucano no centro de Sebollas - Foto: Roberto Bessa
No mais, o resultado final depois de cada caminhada, trilha, travessia ou montanha é gratificante. E é mais ainda quando os leitores do blog fazem os percursos e comentam.

É assim que vejo meu trabalho valendo a pena! Amo esse meu trabalho! E você, sonha em ser um fotógrafo de natureza? Deixe seu comentário!

Cavalos vistos ao lado de um riacho - Foto: Roberto Bessa

E aproveito para te convidar à conhecer minha loja virtual onde vendo minhas fotos. E a baixar o e-book de fotografia profissional com celular. Segue os links abaixo:

Loja na Society6, clique aqui.
Baixe o E-book de fotografia com celular.

Panorama do Morro do Bonet - Foto: Roberto Bessa

Vitória Regia em Sardoal - Foto: Roberto Bessa
Sardoal - Foto: Roberto Bessa
Caminhando pela estrada - Foto: Sr Roberto
Seio de Vênus mirim - Foto: Sr Roberto
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Bela borboleta - Foto: Roberto Bessa
Pôr do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Pôr do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Nascer do sol na pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Nascer do Sol na Pedra do Onça - Foto: Roberto Bessa
Vegetação da montanha - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava - Foto: Roberto Bessa
Panorama visto da Pedra de Itaipava com flores da montanha
Foto: Roberto Bessa
Pica-Pau de cabeça vermelha
Foto: Roberto Bessa
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