Trilhas e Mochila

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Alto Ventania

Subimos para ver o por do sol, mas ficou para a próxima!

Foto: Roberto Bessa
     Neste último sábado resolvemos subir o Ventania para ver o por do sol, porém enquanto a gente subia o tempo foi se fechando e lamentavelmente não consegui as fotos com o por do sol, porém consegui imagens incríveis da coloração do céu que eu nunca havia visto antes. Dessa vez somente a Inês e eu que fomos na aventura, vou descrever para vocês!



     Para chegar no Ventania é bem fácil, basta pegar o Santa Isabel (470) e descer no ponto final, siga pela rua e entre na primeira esquerda, continue seguindo em frente e entre na segunda rua à direita onde tem uma torre da rede elétrica. A partir desse ponto é necessário bastante atenção, a trilha segue a linha das torres da rede elétrica, mas para entrar na trilha você tem que passar por baixo de uma cerca à sua esquerda, a trilha estava bem fechada e pouco visível, então atenção! Na dúvida pergunte algum morador local (como eu fiz rsrsrs).
Foto: Roberto Bessa


     Ao entrar na trilha, você vai passar um riacho que terá que atravessar por umas pedras, depois siga em frente sempre indo em direção às torres. Depois de passar umas plantações e uma espécie de piscinão que serve para captar água para as plantações, a trilha começa a ficar mais bem demarcada e ai é só alegria, pois não tem errada.

Trilha - Foto: Roberto Bessa
     Chegando quase no topo, existe uma trilha subindo à esquerda em direção às torres, se você subir vai descobrir que existe um outro plator com um mirante (que é de onde tirei as fotos noturnas) e vale muito a pena conhecer. Lamentavelmente não consegui as fotos que eu queria que era o por do sol, mas como eu disse, consegui cores mágicas no céu e acabei conhecendo esse mirante que eu não conhecia, mas voltarei lá em breve para trazer essas fotos para vocês!


Trilha bem fechada pelo mato
Foto: Roberto Bessa
     No mais pessoal, recomendo que vocês assistam o vídeo onde tem mais detalhes sobre trilha e com imagens do céu colorido, por questões técnicas não tivemos como filmar a descida, mas posso relatar que foi super agradável a experiência que me deixou com vontade de repetir a dose! Recomendo à vocês, mas tomem muito cuidado ao descer à noite ok. Até a próxima e bom passeio pra você!


Subida - Foto: Roberto Bessa

Mirante - Foto: Roberto Bessa

Coloração azul avermelhada do céu
Foto: Roberto Bessa

Foto à partir do mirante - Foto: Roberto Bessa

Inês e eu no mirante - Foto: Roberto Bessa

Vista para Caxambú e Itamaraty à partir do Mirante
Foto: Roberto Bessa

Na descida da trilha o céu começou a se abrir e veio a Lua
Foto: Roberto Bessa

 Vídeo:




Foto: Inês Loos

Apoio cultural:


Fique por dentro:


quinta-feira, 18 de maio de 2017

Proteção solar

Uma coisa que não pode sair da cabeça:

Foto: Iracema Loos
     Olá pessoal, primeiramente quero me justificar que fiquei um pouco afastado por conta de assuntos pessoais e por causa do tempo que não permitiu que a gente saísse. Hoje vou falar um pouco sobre a importância da proteção solar, e como evitar que o sol possa causar problemas depois que você fizer suas trilhas ou caminhadas.


     Ano passado, fiz a travessia por zona rural (Vale das Videiras x Anápolis) onde no fim da caminhada sofri bastante com o "Sol no lombo" e quem acompanha o blog sabe que só passei a usar chapéu após esse dia, porque peguei insolação. A partir daquele dia passei a usar chapéu, protetor solar e óculos escuros. Não abro mão de nenhum desses mais!


     Eu fiz um vídeo explicando sobre os tipos de chapéus que uso, então vou descrever aqui sobre protetor solar e óculos. Quanto ao protetor, pra quem tem a pele clara igual a minha recomendo no mínimo fator 30 mas se você conseguir mais forte melhor. Existem no mercado umas camisas de manga comprida que é feita de tecido perfurado, isso ajuda a não deixar seus braços muito expostos ao sol também (o mais difícil é encontrar essas camisas).


Foto: Roberto Bessa
     Já o óculos escuros, eu recomendo que você use uma lente com a coloração que te agrada mais, eu uso de coloração amarronzada ou azulado pois me incomoda menos, o ideal é que você se sinta confortável. Procure também armações leves que façam você suar menos ok!


     No mais, recomendo que vejam o vídeo para terem uma ideia dos tipos de chapéus que tenho, entendam cada modelo e escolham o que mais agradar e servir pra você! Depois dê uma passadinha no blog de Bushcraft e sobrevivência que comecei a escrever, pois dou umas dicas de itens essenciais para uma caminhada ou trilha segura ok, basta clicar aqui. Até a próxima!










Foto: Roberto Bessa

Foto: Steffie Lofgren

Foto: Inês Loos

Apoio cultural:

Loja do meu amigo André Luiz

Grupo da amiga Fernanda

terça-feira, 25 de abril de 2017

Festa em Sebollas

Sebollas, a festa em homenagem seu antigo morador:

Foto noturna nas ruínas - Foto: Roberto Bessa
     Essa semana, nosso blog trás para você a festa em homenagem à Tiradentes lá em Sebollas. Uma festa muito animada, tipicamente de interior e que particularmente recomendo a todos que visitem, sempre nos dia 21 de Abril. Como a gente faz sempre esse roteiro, decidimos caminhar até Sebollas saindo ali de Anápolis, o tempo estava bem agradável e o sol deu uma trégua durante o percurso. Na volta tivemos a vantagem de caminha a noite, o que fez render bastante nosso regresso.



Foto: Roberto Bessa
     Descemos em Anápolis e seguimos para Sebollas pela estrada do Retiro (aquela que sempre descrevemos, para ver clique aqui), como falei acima, o sol estava bem brando e tímido atrás das nuvens o que nos fez render bem na caminhada. Paramos no mesmo ponto que da última vez para fazer um pequeno lanche e seguimos para a festa, da bifurcação em diante o tempo foi abrindo e quando chegamos estava  ótimo.


Foto: Roberto Bessa
     Quanto a festa, estava bastante animada, com exposição de carros, bastante barraquinhas, o restaurante estava entupido de gente (rsrsrs) e tinha algumas apresentações, conseguimos ver a de roda de capoeira, confira no vídeo. Também tinha apresentações musicais no restaurante, mas como estava bem cheio não deu para assistir. Um show a parte, foi o forrozinho que rolava num barzinho na saída para Paraíba do Sul, paramos ali para curtir um pouco antes de pegar a estrada, também não deixe de conferir no vídeo!

Foto: Roberto Bessa
     Falando em pegar a estrada, nossa ideia era pegar o por do sol durante a caminhada, mas estava tão bom em Sebollas que saímos tarde e acabamos vendo o sol se esconder por lá mesmo. Mas pegamos a estrada com um pouco de luz ainda, chegando no totem da Estrada Real (que é um ponto onde nunca deixo de tirar uma foto, pois a paisagem é muito linda) a luz estava já baixando e rendeu uma coloração azulada incrível na foto. A noite foi chegando e chegou também a hora de ascender as lanternas, foi mágico ver as estrelas no céu, diga-se de passagem não vemos na cidade tantas estrelas como vemos em locais mais afastados como este. Chegando nas ruínas, lógico que eu não poderia deixar de registrar o momento, rendeu essa foto linda que ilustra o início da postagem.

Aero Willis - Foto: Roberto Bessa

     Quanto a caminhar a noite na estrada, aconselho muito! Faça! Mas evite em dias de festa, pois o movimento estava muito grande e com isso vem muita gente de fora (que não sabemos das intenções). Durante um fim de semana sem festividade você encontrará quase nenhum carro na estrada, vai valer muito a pena. Lembre-se de levar uma ou mais lanterna (potente de preferência) ou pilhas extras para não ficar na mão ok, e lembre-se também que existem muitos animais com hábitos noturnos, então atenção onde pisa ok. No mais, faça uma caminhada noturna, você vai amar! Até a próxima!

Veículos Militares - Foto: Roberto Bessa

Matriz de Sebollas - Foto: Roberto Bessa

Festa em Sebollas - Foto: Roberto Bessa
Por do sol em Sebollas - Foto: Roberto Bessa

Cair da tarde em Sebollas - Foto: Roberto Bessa

Saída de Sebollas - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

A noite vem chegando - Foto: Roberto Bessa

Totem e o azulado do cair da noite - Foto: Roberto Bessa

Amiguinho de Sebollas
Foto: Iracema Loos

Mapa da Estrada Real - Sebollas
Foto: Iracema Loos

Foto: Iracema Loos

Casinha iluminada a noite com um laguinho
Foto: Roberto Bessa

 Vídeo:



Para informações sobre Sebollas, clique aqui.
Página de Sebollas no facebook, clique aqui.
Horário de ônibus (Fagundes x Sebollas):
Segunda à Sábado:
11h e 16h saindo de Fagundes
Horário de ônibus (Paraíba do Sul x Sebollas):
Segunda à Sábado:
10h e 15h saindo de Paraíba do Sul

Apoio cultural:



segunda-feira, 17 de abril de 2017

Origem dos mochileiros

Origem e história da maneira mais barata de viajar:

Mochileiro da América
Selfie: Roberto Bessa
Olá pessoal, essa semana vou trazer pra vocês a história da maneira mais mágica e antiga do mundo quando se fala em viagem, o mochilão!

Primórdios dos mochileiros


Asiáticos usando uns cestos semelhantes aos cestos indígenas. 
Foto: Internet Créditos na própria imagem
O mochilão em si começou muito antes de existirem as mochilas. Sim, começou com os índios americanos (Incas, Astecas e Tupis entre outros) que não possuíam cavalos ou carroças.

Eles simplesmente carregavam pequenos objetos amarrados aos corpos e os maiores em cestos amarrados nas costas (o que faz lembrar uma mochila).

A mochila


A mochila (como a gente conhece) surgiu após a escravidão pois assim cada um tinha que carregar a própria tralha ou invés de mandar os outros carregarem.

As primeiras pessoas a necessitarem da mochila, foram os soldados. Principalmente os americanos.

Soldados da Segunda Guerra e suas mochilas
Foto: Blog Rota Perdida (Internet)
Aqui nas Américas, os caminhos eram grandes, sem bases de apoio para seus suprimentos. Então sobrava para os soldados carregarem seus itens essenciais e para sua sobrevivência durante as jornadas.


Bom, depois do término das grandes guerras mundiais, os próprios soldados e ex-soldados perceberam que a mochila poderia ser usada em outras atividades que não eram ligadas ao exercito, tais como:

  • Viagens
  • Montanhismo
  • E no próprio dia a dia para carregar objetos pessoais. 


Outras pessoas vendo o uso prático do equipamento, adotaram a mochila em suas vidas. E algumas mochilas do pós guerra acabaram com uso civis, popularizando cada vez mais a prática arte de viajar carregando o essencial.


Mochila semi-cargueira - Foto: Roberto Bessa

Anos 60


Nos anos 60, com a popularização do movimento Hippie, muitos jovens começaram a por a já conhecida mochila nas costas e se aventurar por esse mundão velho de meu Deus.

Assim foram difundindo ainda mais o estilo de vida dos mochileiros.


Anos 70


Já na década seguinte, esses mesmos jovens não eram mais vistos da mesma maneira, pois eles tinham adquirido uma cultura jamais ensinada em escolas

Eles agora eram poliglotas, eram experientes em relação aos "medrosos" que não encararam o mundo. 

Dois livros despertaram o interesse nos jovens da época e podem ser considerados os "manuais" dos mochileiros da época: Travel Guide Book & Across Asia. 

Não vou me prender a descrever nenhum deles pois se houver interesse de vocês, basta fazer uma pesquisa na net.

Mochileiros no Brasil:


Mochileiros no Morro Açu durante a travessia
 Petrópolis x Teresópolis - Foto: Roberto Bessa
Infelizmente no Brasil quando você fala que é um mochileiro logo é associado à um pobretão, que não tem dinheiro para ir em lugares que gostaria e vai com a cara e a coragem e não vai ter onde dormir e nem o que comer a não ser que dependa de favores.

Mas a verdade não é essa! Eu mesmo já sofri várias vezes esse pré conceito pois sou meio raiz quanto a esse tipo de viagem.

O movimento mochileiro surgiu para que você encontre respostas para a vida. Fazer novas amizades e lógico conhecer novas culturas.

E isso nenhum pacote da CVC vai proporcionar aos viajantes.


Hospedagem


Albergue em Taiwan - Fonte: Wikipédia
Outro pré conceito que os mochileiros enfrentam é quando dormem em Albergues. Muitos associam albergues à abrigos de mendigos ou desabrigados. O que na verdade não é.

Albergue (hostel) é um meio barato de se hospedar e fazer novas amizades. De certa forma é uma maneira mais "liberta" de se hospedar!

Mas esses pensamentos aos poucos estão sumindo na mente dos brasileiros, que estão conhecendo a arte de mochilar aos poucos.

Turista x Mochileiro


Resumindo, com um pacote de viagem, você certamente irá conhecer vários pontos turísticos e muito pouco da cultura de um lugar. 

Em um hotel com todos os confortos, você nunca vai conhecer novos viajantes (de outras cidades e até países) como conhece dormindo em albergues.


Meios de viagem



E a parte que eu mais gosto (e também quase ninguém entende) é que particularmente prefiro fazer 99% do meu roteiro de ônibus. Dessa forma também é possível conhecer pessoas viajantes de diversas localidades e conhecer cidades que certamente você passaria por cima se estivesse voando em um Boeing.

Quase ia me esquecendo que em alguns países da Europa é bem comum viajar à pé por longos trechos. Existem bases que dão apoio para que o viajante pouse por ali para seguir viagens no dia seguinte.
Mochileiro da América em uma viagem à pé no interior do 
Rio de Janeiro - Self: Roberto Bessa

Esses pontos podem ser desde pessoas que cedem o quintal para que os viajantes montem suas barracas até os que oferecem o sofá para que eles passem a noite, além dos albergues também.
 

Cultura mochileira

Mochileiro da América
Foto: Ines Loos

Enfim, a cultura mochileira vem ganhando cada vez mais espaço entre os viajantes. Os albergues vem sendo cada vez mais conhecidos e novos roteiros sendo descobertos.

Aos poucos o Brasil vai se adaptando a essa nova/antiga modalidade de viagem. As mentes vão se livrando dos pré conceitos.

Mochilar acaba sendo a arte cada vez mais admirada! Então, bora mochilar! 



Dicas importantes:


Mochileira pedindo carona em Luxemburgo - Fonte: Wikipedia

O melhor planejamento é não planejar nada: 

Sim, só planeje mesmo o destino. Depois faça amizades com outros viajantes no ônibus, no albergue, ou até mesmo nas ruas da cidade de destino.



Seja ousado: 

Sim, pergunte, conheça, endague mas sempre seja prudente ok.




Não tenha vergonha


Seja o mais cara de pau que você conseguir. Se der, pegue carona, converse sobre tudo, pergunte sobre tudo. 

Esqueça um pouco os aplicativos de celular e use a melhor ferramenta de busca, pergunte!

Se livre da tecnologia por um tempo:

Aplicativos de celular são bons, mas a melhor parte você vê com os olhos e não com a ponta dos dedos. 

Aplicativos podem dar uma ajuda, mas conhecer o que não é conhecido é o que realmente vai fazer sua viagem valer a pena.

 Lembre-se, nem tudo está nos aplicativos. Tem lugares e coisas que somente as pessoas locais (pessoas simples e comuns) conhecem.

Fuja do comum: 

Sim, muitos vão para apenas os grandes centros, cidades conhecidas. Mas as cidades menos divulgadas escondem por muitas vezes diversas culturas, atrações que as grandes não tem!

Agora é viajar!


Mochileiro da América no alto Ventania - Foto: Roberto Bessa
Com este post é impossível você não se animar e pegar a estrada. O melhor é que agora você sabe que viajar não é tão caro quanto você pensava!

Pegue a mochila e vá!

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Um forte abraço e boas aventuras pra você!


Apoio cultural:


Fontes:

Site: Mochileiros
Blog: Rota Perdida