Trilhas e Mochila

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Travessia Cuiabá x Brejal

Travessia com direito a estrada de terra e trilha na mata!

Foto: Roberto Bessa
Foto: Roberto Bessa
     Pessoal, hoje fui fazer uma travessia bem bacana, saimos do bairro Cuiabá, descemos no ponto final do ônibus e seguimos por uma estradinha de terra muito agradável, depois saimos da estrada e pegamos a trilha por dentro da mata onde o contato com a natureza foi muito bom.
     A caminhada se inicia no ponto final do vale do Cuiabá (705) que você pega no terminal Itaipava (Santa Mônica), descendo do ônibus, pegamos a estrada da direita que leva até Teresópolis, siga por ela, chegando a um certo ponto, depois de passar uma casa de pedra, tem uma forte subida, no final dela tem uma bifurcação, tem que pegar a estrada da esquerda, que sobe (a da direita vai te levar para Teresópolis, e esse não é nosso foco neste caso), subindo pela estradinha, chega-se ao um largo, siga pela direita (essa é a segunda vez e a última que você vira a direita, desse ponto em diante siga sempre pela esquerda). A trilha começa aí, aproveite esse início e dê uma pausa para um lanche e descansar um pouco, pois daí pra frente, não vai ter onde fazer isso.
Moinho abandonado
Foto: Roberto Bessa
     Depois de entrar na trilha e vencer a erosão causada por causa das motos que passam por ai frequentemente, você cehga a algumas clareiras, uma das últimas antecede uma lage de pedra onde corre uma água, cuidado ao atravessar por ela, é perigosa e escorregadia, porém se vencida com cuidado, torna-se muito bonita! Depois desse ponto, a trilha está quase no fim.
     Saindo da trilha, você se depara com uma estradinha de terra novamente, siga pela esquerda, essa é a parte final da caminhada, você irá subir um pouco e logo em seguida uma descida constante. Conforme você avista as casas, a inclinação da estrada diminui, e mais a frente você pode admirar uma lindíssima cachoeira (em propiedade particular), mas que para admirar faz bem aos olhos e ao espírito, ela fica a sua direita. Quando você chega numa loja (Terras Frias), acabou a caminhada, é só esperar o busão (que demora muito, tipo de 2 em 2 horas, aff), ele vai te deixar no centro da Posse, onde é necessário pegar outro ônibus para vir para o Terminal Itaipava!

Foto do Moinho tirada no dia 31/05/2009 - Foto: Roberto Bessa


Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Casa de pedra abandonada - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Ruínas do que parece ter sido um haras - Foto: Roberto Bessa

Siga à esquerda - Foto: Roberto Bessa

Entrada da trilha na mata - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Mata fechada - Foto: Roberto Bessa

Fim da trilha, seguir subindo - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Fim da caminhada - Foto: Roberto Bessa


Vale do Cuiabá e a tragédia de 2011:

Casa abandonada no Vale do Cuiabá
Foto: Roberto Bessa
     Em 2011, pra quem lembra, foi um ano muito triste para o Vale do Cuiabá (e outras regiões também), fazendo esta caminhada hoje, passei pelo mesmo local que em 2009 passei para fazer a caminhada até Teresópolis, só que tem algumas diferenças, e tristes! Naquele ano de 2009, quando fui com o Jorginho do Banerj e sua tão famosa caminhada para Teresópolis, o local era cheio de alegria e repleto de crianças que ficavam com os olhos brilhando quando viam a gente passar, e sinalizavam pra gente levantando a mão e dando um belo sorriso, hoje a única coisa que vi, foi um lugar abandonado literalmente. Casas abandonadas, outras em ruínas, outras o mato está tão alto que quase a gente nem percebe elas ali, e as crianaças? A gente não vê uma alma viva por lá, e os poucos carros que passam, é só para cortar caminho! No brejal, na comunidade do Jurity, também aconteceu o mesmo, algumas casas abandonadas ou em ruínas. Fiquei muito triste, mas não podemos deixar a peteca cair! Então, bola pra frente e vamos caminhar!!!

Casa abandonada no Brejal - Foto: Roberto Bessa

Casa abandonada no Brejal - Foto: Roberto Bessa

Dicas do Blog:

     Eu hoje fui com minha mochila pequena, porque antes de ir para a trilha, eu li a respeito dela e vi que iamos passar por mata fechada, então preparei a minha Crampon 38 da Trilhas e Rumos, ela me atendeu muito bem para o que eu precisava. Eu recomendo que se você for fazer essa trilha, leve uma mochila pequena (pode ser até menor que a minha, recomendo a Crampon 30, não estou para fazer propaganda de ninguém, só recomendo porque conheço a mochila ok). A 38 litros me serve pois carrego equipamento de fotografia, mas se você não carrega esse tipo de equipamento, uma 30 litros vai te atender muito bem! 
Foto: Roberto Bessa
     Sempre que for passar por uma trilha de mata fechada, dê preferência à mochilas estreitas e pequenas, porque facilita na hora de ultrapassar obstáculos e contornar árvores. Meu parceiro de trilhas, meu chará, Sr. Roberto, usa uma mochila Crampon 23 da Trilhas e Rumos e atende ele muito bem, minha recomendação é essa, use uma mochila estreita e pequena, boa trilha!
     Segue a foto e lista do que levei hoje na caminhada:

* Guarda-chuva
* Toalha
* Lancheira
* 2 garrafas d'água
* Porta óculos
* Lanterna
* Isqueiro
* Apito
* Kit higiêne pessoal
* Guia de trilha
* Câmera, bolsa e kit 50mm
* Câmera compacta
* Documentos

terça-feira, 3 de maio de 2016

Video sobre um pouco do Caminho do Ouro

Caminho do ouro:

     Pessoal, estou trazendo hoje aqui no blog um video que fiz em Fevereiro quando fiz esse percurso por duas vezes, lembram? A primeira vez (01/02/2016) duranto o carnaval e depois de de alguns dias (23/02/2016) voltei novamente lá. Confira o video que só ficou pronto agora por questões técnicas ok! Bom vídeo a todos, até a próxima trilha:

Vídeo:


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Acampamento

Por e nascer do sol na Pedra do Onça 

Foto: Roberto Bessa
     Pessoal, essa semana nos fizemos algo bem diferente, fomos acampar, sim, acampar. Simulamos uma situação de emergência como se alguma coisa tivesse acontecido, e além das belas imagens, vamos dar continuidade a série sobre o que é essencial ter na mochila, principalmente numa situação assim.


     A trilha da Pedra do Onça, eu já descrevi aqui no blog, então, vou falar mais da experiência de me sentir um sobrevivente (rsrsrs) e da emoção em ver o por e o nascer do Sol. Subimos por volta de 2 horas da tarde para evitar muito movimento na rua, chegamos no topo da montanha por volta das 3 da tarde por causa do peso que carregamos.

A primeira coisa que fizemos foi montar as barracas, improvisamos com troncos e galhos de árvores, tudo ficou perfeito até que veio o vento e acabou com minha barraca. Como o tempo estava muito bom, resolvi dormir com as estrelas servindo como cobertor, e valeu muito a pena, pois o céu estava super lindo!


Amanhecer - Foto: Roberto Bessa
     Por volta das 8 da noite, saímos do acampamento e fomos para o topo ver a Lua nascer, foi incrível ver ela aparecendo com uma coloração avermelhada por de trás do Cortiço e vendo as luzes do Rio de Janeiro bem ao fundo. tirei algumas fotos, contemplamos a magia da Natureza, depois fomos assar queijo na fogueira e pouco depois dormir. A noite foi super tranquila, escolhemos um local fora da trilha principal, era uma clareira bem escondida de tal maneira que se alguém tivesse passando pela trilha não nos veria. Ficamos a noite mantendo o fogo aceso para espantar os bichos e aquecer enquanto a gente dormia, só não dava pra bobear senão o vento apagava a fogueira!


 Fogueira - Foto: Roberto Bessa
     Vamos falar um pouco das dicas! A escolha do local é muito importante, a trilha é muito frequentada, e há indícios de pessoas que vão para fumar e beber no alto da montanha, então por isso saímos da trilha e fomos para um local escondido, camuflamos a entrada da clareira para que ninguém visse onde estávamos, mesmo com as duas fogueiras acesas. Quanto ao que levamos foi o seguinte: Eu fui com a mochila Caminhada 50 da Trilhas e Rumos, nela levei lanterna, barraca de emergência, 4 litros de água, kit higiene, garfo e faca, uma canequinha, agasalho, câmera, fogareiro, coberta, sacos plásticos, lona, toalha e 2 panos, além dos lanches (biscoito, queijo de churrasqueira, miojo, chiclete, todinho e etc).

Quanto a fogueira, é muito importante para manter animais afastados e aquecer a noite, mas muito cuidado ao ascender uma, pois com vento forte ela pode se espalhar, uma dica é cercar a fogueira com pedras ou areia, dá certo, mas mesmo assim, não descuida!


     No mais, levantamos por volta de 4:30 desmontamos tudo, recolhemos o nosso lixo (importante sempre levar o lixo produzido e deixar a montanha limpa), ficamos no topo esperando o nascer do sol, que foi por volta das 6:30, e o visual foi incrível e muito emocionante. Recomendo muito, principalmente para quem nunca viu o por e o nascer do sol e da Lua também! Vale muito a pena, até a próxima!!!

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Nascer da Lua - Foto: Roberto Bessa

Rio de Janeiro - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa


Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa


Foto: Roberto Bessa



quinta-feira, 21 de abril de 2016

Dicas de bagagens para mochilar

Vai mochilar? Então precisa saber dessas dicas:

     Olá pessoal, a um tempo atrás eu comentei aqui no blog sobre carregar peso desnecessário, quando fiz a Pedra da Cuca (na última segunda) senti isso na pele, ou melhor, nas costas, então achei super legal essa dica da Trilhas e Rumos e vou dar as minhas também ok!

Como arrumo minha mochila:

     Bom, eu tenho duas mochilas da Trilhas e Rumos (não estou fazendo propaganda, mas como opinião minha, a Trilhas e Rumos é a melhor fábrica no segmento), tenho uma Crampon 38 e uma Caminhada 50. A Crampon 38 eu uso no dia a dia também, mas para uso outdor uso mais quando vou fazer montanhas ou travessias por mata fechada. A Caminhada 50, por ser bem maior, prefiro usar para as longas caminhadas em estrada, ou para montanhas mais rápidas para subir e que eu quero ficar um tempo a mais lá, além de viajar com ela.

Crampon 38:

Crampon 38
Foto: Roberto Bessa
Nessa mochila, levo:
° Canivete;
° Lanterna;
° Isqueiro;
° Anorak ou casaco leve (depende do tempo);
° Bolsinha com escova de dente, talher, pasta de dente e guardanapos;
° Lanche (lancheira pequena com biscoito, todinho e dois sanduiches);
° Duas garrafas com água (congeladas e envolvidas com jornal);
° Papel higiênico;
° Kit câmera (Nikon D-7000 + Lente 50mm + Lente 70-300mm + Lente 18-105mm);
° Câmera Finepix da Fujifilm (compacta);
° Tripé (geralmente amarrado na fita de compressão na parte inferior da mochila).

Caminhada 50
Foto: Roberto Bessa

Caminhada 50:

Nessa mochila levo:
° Canivete;
° Lanterna;
° Isqueiro;
° Anorak ou casaco leve (depende do tempo);
° Bolsinha com escova de dente, talher, pasta de dente e guardanapos;
° Lanche (lancheira pequena com biscoito, todinho e dois ou três sanduiches);
° Quatro garrafas com água (congeladas e envolvidas com jornal dentro de uma bolsa térmica dentro da mochila);
° Papel higiênico;
° Kit câmera (Nikon D-7000 + Lente 50mm + Lente 70-300mm + Lente 18-105mm);
° Câmera Finepix da Fujifilm (compacta);
° Tripé (em pé dentro da mochila);
° Mapas e bússola;
° Fogareiro (se a caminhada for mais de 5 horas);
° Corda (se eu fizer montanha, as vezes vou com ela).

Mochilão:

     As dicas para arrumar sua mochila para sair pelo mundo explorando e conhecendo, não vou explorar aqui no blog, pois as dicas da Trilhas e Rumos estão bem completas e vai ajudar muito você! Então, depois dessas dicas, boa caminhada, ou montanhismo, ou mochilão! Até breve!


Caminhando pela estrada com a mochila Caminhada 50
Foto: Roberto Bessa

Fazendo montanhismo com a mochila Crampon 38
Foto: Geneci Bessa

terça-feira, 19 de abril de 2016

Pedra da Cuca e Cachoeira da Ponte Funda

Foto: Roberto Bessa

Pedra da Índia? Não, pedra da Cuca!

Foto: Roberto Bessa
     Essa semana nosso blog visitou a cachoeira da ponte funda e a Pedra da Cuca, ambos no Vale das Videiras. Nosso roteiro inicial era a pedra da Índia, mas quando chegamos na trilha, tinha um portão, como a pedra da Cuca é perto andamos 1,8 Km até a entrada da trilha, e ainda passamos pela cachoeira da ponte funda para conhecer e lógico, fotografar!
     A cachoeira da Ponte funda é uma belíssima cachoeira bem a beira da estrada, bem visível e acessível, ela fica ao lado de uma igreja evangélica e se você for tanto de carro quanto de ônibus dá pra ver da estrada, tem um ponto de ônibus bem em frente a ela. Provavelmente nos fins de semana ela deve lotar, por ser de fácil acesso e ter um espaço amplo para ir com a família! Super recomendo!
     Quanto a Pedra da Cuca, como eu disse, nosso roteiro não era esse, mas valeu muito a pena. A caminhada é muito cansativa e com certeza quem não está habituado vai sentir muito e talvez queira desistir. o ínicio da trilha fica bem após a cachoeira, do lado direito da estrada que vai para o Vale das Videiras. Tem uma placa indicando a caminhada, basta você descer a ruazinha, vá andando até encontrar dois relógios de luz, tem uma plaquinha em cima indicando a trilha, desse ponto até o mirante, a trilha passa por uma cerca a sua direita e depois sobe em zique zaque e é a parte menos cansativa e mais fácil. Se você olhar para trás em alguns pontos da subida, dá para ver a pedra da Índia, vale uma foto! Chegando no mirante, pare e descanse bem, pois daí em diante a subida pela estreita crista, vai ser bem cansativa. Do mirante é possível ver a belíssima paisagem para o Vale das Videiras e a cadeia de montanas de Paty do Alferes e Miguel Pereira.
Foto: Roberto Bessa
     Seguindo a caminhada pela crista, você terá que vencer 3 colos, sendo o primeiro mais pesado e complicado, basta subir devagar ok. O segundo e treceiro já é bem mais fácil! Passado isso, você vai subir pela crista bem mais estreita que a outra, mas não é perigosa, basta ter cuidado, chegando numa lage de pedra, você irá visualizar uns totens de pedra que indicam a trilha, se você seguir sempre em frente, vai sair num local chamado Malta, pois essa trilha faz parte de uma travessia que em breve vamos fazer! A trilha para o cume fica a direita, porém como não tem muita gente que vai até lá, ela estava fechada e também não conseguimos ir, mas numa próxima tentativa quem sabe, o importante é conhecer seus limites, eu já estava me sentindo um pouco mal por ter levado coisas a mais do que eu necessitava (lembre-se de levar somente o necessário, o que eu levei era para ir na Pedra da Índia e não na Pedra da Cuca que a subida é bem mais complicada e cansativa), isso me fez sentir um pouco mal e não quis tentar achar a trilha, mas deste ponto onde chegamos, o visual é muito lindo e já valeu muito o esforço para chegar! Você pode se deparar com cavalos no topo, evite assustá-los ok! Então boa caminhada e muitas fotos!

Cachoeira da ponte Funda
Foto: Roberto Bessa

Entrada da Trilha - Foto: Roberto Bessa

Vista da Pedra da Índia - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Pedra da Índia vista do mirante - Foto: Roberto Bessa

Subida até o mirante - Foto: Roberto Bessa

Chegada ao mirante - Foto: Roberto Bessa

Mirante 1 - Foto: Roberto Bessa

Vista do Mirante 2 - Foto: Roberto Bessa

Mirante 2 - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Crista até a Pedra da Cuca - Foto: Roberto Bessa

Quase chegando - Foto: Roberto Bessa

Laje de pedra (difícil se estiver molhada)
Foto: Roberto Bessa

Cavalo bem no topo - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa


Pedra da Cuca - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Pedra da Cuca - Foto: Roberto Bessa

Pedra da índia vista descendo da Pedra da Cuca
Foto: Roberto Bessa

Vídeo: