Trilhas e Mochila

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Morro Açu - Bate e volta

Morro Açu: Um clássico do Montanhismo!


Panorâmica dos Castelos do Açu - Foto: Roberto Bessa
O Morro Açu é uma das montanhas mais cobiçadas aqui de Petrópolis. Com seus 2232 metros de altitude, uma trilha de 8Km (a partir da portaria do PARNASO) e uma temperatura que pode variar bastante e até chegar abaixo de 0°.

Foram 6 horas de subida sendo que a parte mais íngreme vem após o Ajax (ponto de captação de água), até esse ponto a subida é razoavelmente fácil.

Roteiro:


Amanhecer - Foto: Roberto Bessa
O ínicio da aventura começa na portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos de Petrópolis, no bairro do Bonfim e até a plaquinha do véu da noiva já descrevi anteriormente (vide aqui).

Não tem errada, basta seguir na direção em que a placa aponta (à direita), subindo um pouco em um zigue zague em pouco tempo você irá escutar à sua esquerda um forte barulho de cachoeira (Cachoeira do alicate).

Surge a trilha que leva até ela a sua esquerda um pouco antes de chegar à pedra do Queijo. Mas a trilha do alicate, deixamos para uma outra oportunidade ok!

Bom, na pedra do Queijo, é um bom ponto de parada para um breve lanche e admirar a paisagem para o vale do Bonfim.

Vista da pedra do Queijo
foto: Roberto Bessa
Seguindo a trilha agora não vai ter mais errada ok, se você olhar à sua esquerda no alto (leste) você consegue ver o Morro Açu (só não dá pra ver os castelos ok), se olhar atentamente dá para ver mais ou menos a linha da trilha que irá seguir.

Pode tocar em frente sem medo pois a trilha é muito frequentada e está bem marcada. Bom, com aproximadamente umas 3 horas de caminhada (num ritmo tranquilo) você vai chegar ao Ajax, para identificar é fácil pois você irá ouvir o barulho de água (não tão forte como a cachoeira, mas como uma torneira aberta).

A trilha segue à direita, mas vale a pena dar uma outra paradinha para descanso pois daí para frente a subida é bem forte e cansativa ok.

Já que você parou no Ajax, abasteça o cantil, tem um mirante que também possui um bela visão para o Bonfim e agora vamos tocar em frente. No fim da subida, após passar algumas rochas, repare bem onde você saiu, existem marcações nas pedras da laje, mas a marcação visual contribui pra achar a volta também ok.

Ajax, ponto de abastecimento de água
foto: Roberto Bessa
Na laje de pedra, basta você seguir as setinhas amarelas que indicam o sentido Teresópolis, você continuará andando até chegar numa leve subidinha em zigue zague, após chegar no cume do morrote, você desce um pouco e chega a um chapadão de pedra, ai precisa muita atenção ok.

A orientação é a mesma, existe setinhas nas pedras indicando (amarela sentido Teresópolis e Branca sentido Petrópolis), e também existem totens de pedras, mas cuidado com eles, tenta se basear pelas setas.

Se você estiver com uma bússola, basta seguir à leste, aproximadamente entre 90° e 112°. Muito cuidado se baixar neblina, pois fica muito confuso ok. 
Mirante no Ajax - Foto: Roberto Bessa
   
Depois de passar a parte mais confusa de orientação que é o chapadão de pedra, você irá passar uns tufos de capim, mais uma subidinha em zigue zague e duas lajezinhas de pedra, aí você chegará a um cume.

Avançando mais um pouco surge a 1ª vista dos castelos do Açu.

Mais a frente vão surgir mais duas lajes de pedra (todas sempre sinalizadas), logo em seguida surge uma rampa de pedra (construída ou por Getúlio Vargas, ou pelos escravos no tempo do império, fica ai a dúvida).

Passando a rampa você verá que bem a sua frente existem charcos que devem ser vencidos com muito cuidado, pois são escorregadios e as vezes conseguem tirar o tênis do seu pé (rsrsrs).

Vista da subida - Foto: Roberto Bessa
Pronto, você chegou ao Açu, siga até os castelos, a chegada é no abrigo de pedra, que era usado antigamente antes da construção do abrigo pelo parque.

Explore bem o lugar, mas se for fazer bate e volta, recomendo que você fique no máximo até às 15 horas, pra não descer muito no escuro ok.

Se você der a volta pela esquerda nos castelos, tem uma corda que possibilita você subir e admirar a vista lá de cima.

Não deixe de visitar o cruzeiro que homenageia aos que perderam a vida tentando subir o Açu, o visual é lindo e dá para ver toda a trilha que você percorreu até chegar!

Planejamento é a palavra chave para essa aventura ser bem sucedida!

Você não precisa se preocupar muito com água, pode levar um litro e ir dosando até o ponto de abastecimento (Ajax e abrigo Açu)

Leve roupas quentes (pode fazer muito frio e até chegar a 0° às vezes), e lógico não esqueça do lanche reforçado.

São 6 horas de subida e você tem que contar a descida também né, no mais, boa aventura e divirta-se tanto quanto eu me diverti! 



Subida após o Ajax para as lajes de pedra - Foto: Roberto Bessa 

Escadas  - Foto: Roberto Bessa
                               
Primeira vista dos Castelos do Açu - Foto: Roberto Bessa
Setinhas indicando as direções para Teresópolis (amarela)
e Petrópolis (branca) - Foto: Roberto Bessa


Chegada nas lajes de pedra, linda vista! - Foto: Mirian Alves

Mirante - Foto: Roberto Bessa

Chegando no Açu - Foto: Roberto Bessa




Castelos do Açu - Foto: Roberto Bessa

"Escalada" nos Castelos do Açu - Foto: Mirian Alves

"Escalada" nos Castelos do Açu - Foto: Mirian Alves


Abrigo do Açu - Foto: Roberto Bessa

Morro do Marco (sentido travessia Petro. x Terê. ou para o Portal)
Foto: Roberto Bessa 

Dicas:

A seta indica onde fica o portal de Hércules
Foto: Roberto Bessa
Primeira dica é que você pode esticar até o Portal de Hércules, que garante uma visão fascinante da Serra dos Órgãos.

Para isso, basta seguir como se fosse fazer a travessia para Teresópolis, após descer um chapadão de pedra que parece muito mais íngreme do que realmente é, você vai subir o morro do marco que fica logo a frente.

Suba o morro do Marco, e continue como se fosse fazer a travessia descendo o morro em direção ao vale da lua.

Atenção quando começar a descer surge uns totens à direita num deles está bem discreto escrito "portal" siga e veja que existe uma fenda entre o lado que você está e o as rochas ao sul, tente achar o caminho que te leve para o outro lado da fenda.

Do Açu até o portal são mais uma hora de caminhada ok, então atenção à hora se você quer voltar no mesmo dia!

Castelos do Açu - Foto: Mirian Alves
Segunda dica é que você compre o ingresso antecipadamente e entre na portaria às 6 horas da manhã, assim você chega ao Açu por volta de meio dia sem precisar correr.

Pra comprar antecipadamente você pode entrar no site do PARNASO ou comprar na portaria dias antes.

Terceira dica, se você puder acampar ou dormir no abrigo, planeja isso! Será bem menos cansativo e você terá muito mais tempo de explorar o local e ainda terá a chance de ver o sol se por e de ver o sol nascer (muito lindo do portal de Hércules por sinal)
 
Planeja sua mochila para carregar somente o indispensável.

Você não irá querer carregar um peso sem necessidade.

Um bom lanche e bem reforçado vai te ajudar também, quanto a água, não tem necessidade de levar muita água, pois você tem o Ajax como ponto de abastecimento, e o abrigo do Açu também, então poupe peso com isso ok.

Se for em grupo muito grande, o ideal é que todos carreguem um apito caso alguém se afaste muito, tem como sinalizar! 

Parque Nacional da Serra dos Órgãos:

Horarios:
Bilheteria 08:00 às 17:00
Entrada no parque, visitação parte baixa de 08:00 às 17:00
Entrada no parque, visitação montanha de 06:00 as 22:00 (ingresso antecipado)
Contatos:
+ 55 24 2236-0258 
+ 55 24 2236-0475

Vídeos:


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Castelinho

Clássico dos clássicos de montanhas de Petrópolis:

Início da trilha - Foto: Steffie Lofgren
Foto: Steffie Lofgren
     Olá pessoal, essa semana voltei lá no castelinho, porque da primeira vez (clique aqui) estava meio nublado, e essa semana peguei um tempo maravilhoso! A subida, muito tranquila, deve ser vencida com calma para que você possa admirar a natureza e toda a fauna presente lá. 
     Pra chegar, você pode pegar o ônibus Lagoinha e pedir para o motorista parar na rua que vai para as torres do Morin, ele vai parar em frente a rua que você irá subir, quando as últimas casas vão ficando para trás, surge à direita uma caixa d'água bem em uma curva, continue subindo, após uma forte curva à direita, surge outra curva e na sua esquerda uma ruína onde o pessoal costuma deixar o carro, a trilha começa em frente ok.
     A trilha está bem visível, basta seguir na principal e mais acima, surge a primeira bifurcação, se você entrar à direita, vai para uma bela represa que vale a pena a visita e uns clicks. Voltando para trilha, siga em frente e mais a diante surge outra bifurcação. A trilha da direita vai até o leito de um riacho, se você seguir, também chega no castelinho, mas esse é um atalho e não a trilha original. A trilha da esquerda é a origina, e é bem mais bonito o caminho ok.
Foto: Steffie Lofgren
     Seguindo o caminho, surge um trecho bonito, que vale a pena admirar. Mais acima, após passar um local com algumas pedra, vai surgir uma grutinha à esquerda da trilha e logo a frente o solo vai ficando cada vez mais pedregoso. Você irá passar por duas pedras grandes que lembram um portal e a trilha segue até chegar a um leito de rio, em seguida surge uma clareira e outra bifurcação, você deve pegar a trilha que desce à direita e mais a frente você chegará a um riacho (sua última fonte de água até chegar).
     Já no finalzinho, a trilha chega numa rampa, é fácil subir, mas suba com cuidado ok. Após um trepa-pedra, a trilha saí definitivamente da mata e sobe um pouco mais forte passando por umas lajes de pedra. Nesse ponto é importante olhar para trás pra não se perder na volta ok, repare numa trilha que surge à direita, cuidado para não se perder ok. Após uns pequenos trepa-pedras, você já avista os castelos de pedra. Você irá passar uma laje enorme chamada "Pedra da Lua" após vencê-la, praticamente já chegou. Explore bem os castelos de pedra e seus caminhos em volta.
Represa - Foto: Roberto Bessa
     Na volta, se você quiser, pode pegar aquela trilha que agora estará a sua esquerda, desça até uma laje de pedra e você verá uma trilha a sua direita entrando na mata, ela atravessa um riacho e logo em seguida você chega na trilha principal, basta descer à esquerda e você já estará indo pra casa ok! Porque não subir por esse atalho? Não gosto de aconcelhar atalhos pois vão cada vez mais estragando a mata e destruindo a natureza, mas como este caminho já está sendo mais usado do que o original, ele acabou se tornando mais usado que o traçado original, sendo que acho o original mais bonito! Boa caminhada!
Foto: Roberto Bessa
Represa - Foto: Roberto Bessa
Roberto Bessa - Foto: Steffie Lofgren
Laje de pedra - Foto: Steffie Lofgren

Torres do Morin - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Panorama - Foto: Roberto Bessa

Baía de Guanabara - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Agulha Itacolomi e pedra mãe - Foto: Roberto Bessa

Agulha Itacolomi e pedra mãe - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Parapente - Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Foto: Roberto Bessa

Pedra da Lua, Agulha Itacolomi e pedra mãe ao fundo
Foto: Roberto Bessa

Castelos de pedra - Foto Steffie Lofgren

Foto: Steffie Lofgren

Foto: Steffie Lofgren

Foto: Steffie Lofgren

Caminhando na pedra da Lua - Foto: Steffie Lofgren

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Como regular a Mochila

Manter a mochila regulada e certinha é muito importante:

Mochileiro da América

Caminhada 50- Imagem: Internet
     Olá pessoal, resolvi escrever essa matéria pelo fato de ver algumas pessoas usando mochilas de maneira errada, tanto nas cidades quanto fazendo trilha e etc, bom, vendo essa necessidade, resolvi fazer este artigo falando sobre o assunto.
     Uma mochila mais técnica vai possuir alguns ajustes que as mais comuns (urbanas) não tem. Os ajustes mais comuns, são a barrigueira e a fita peitoral, a barrigueira serve para distribuir o peso da sua mochila e a fita peitoral para estabilizar a mochila para que ela não fique "sambando" enquanto caminha. As menores as vezes só possuem uma dessas fitas, como é o caso da Crampon 23 da Trilhas e Rumos, ela só possui a fita peitoral, não tem a barrigueira. Algumas mochilas maiores também não possuem a fita peitoral e só a barrigueira que é o caso da Crampon 30, Trekking 35 e Caminhada 50 todas da Trilhas e Rumos. A falta de uma dessas regulagens não afeta a distribuição de peso, claro que ajudaria muito se tivesse, mas em alguns casos, não se fazem necessárias ok, a falta das duas ou o não uso sim faz falta.
Crampon 23 - Imagem: Internet
     Mochilas mais completas contam com essas regulagens e mais a regulagem das alças que deve sempre ficar justas e a mochila na altura dos ombros. A arrumação da carga deve ser colocada de maneira que o peso fique próximo as costas, pois as alças vão servir para apoiar a mochila, mas o peso fica a cargo da barrigueira distribuir. As mochilas menores como a Crampon 38, Alpina 43, Crampon Tech 48, Crampon 44 todas da Trilhas e Rumos, possuem as duas regulagens, como o costado também é acolchoado, isso faz com que sua caminhada seja mais tranquila mesmo com a carga total na mochila.
     O mau uso do equipamento pode causar lesões na coluna, fadiga e cansaço do caminhante, alé de estragar mais rápido o equipamento, então não custa seguir as recomendações do frabicante. Só pra lembrar, citei as mochilas da Trilhas e Rumos pois são as que eu uso e conheço, não é propaganda pois não ganho nada pra isso e aproveito para abrir espaço à outros fabricantes que queiram q eu mostre aqui ok! Bom, espero que as dicas sirvam para você, e estamos abertos para sugertões, ok!!! Então, até a próxima!



Crampon 38 - Imagem: Internet

Crampon 30 - Imagem: Internet

Trekking 35 - Imagem: Internet

Trekking 35 - Imagem: Internet

Vídeo explicativo: